Após uma reunião de duas horas e meia, realizada em um hotel no Rio de Janeiro, ficou definido que 26 mil homens serão responsáveis pela segurança da final da Copa do Mundo. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Se todo esse contigente fosse colocado dentro do Maracanã, no domingo, ocuparia um terço da lotação do estádio.

Além de todos os setores envolvidos na segurança do Mundial, foi confirmado que mais 1,5 mil seguranças privados vão atuar na decisão entre Argentina e Alemanha, que acontece domingo, no Maracanã.

Entre os 26 mil envolvidos na final, haverá 15 mil integrantes da Polícia Militar do Rio. Cinco mil devem atuar na véspera da partida nas regiões em que se espera uma grande concentração de turistas, como Copacabana e Lapa. Os incidentes registrados no bairro Savassi, em Belo Horizonte, na véspera de Brasil e Alemanha acenderam um sinal de alerta.

Um dos temores é o número de aproximadamente 70 mil argentinos que devem visitar a cidade. Um representante da Secretaria de Segurança do Estado admitiu que a presença dos vizinhos sul-americanos "agrega uma preocupação a mais". 

Outros 10 mil PMs estarão envolvidos na segurança no dia do jogo. Esse contingente envolve toda região do Maracanã, mas também outras áreas da cidade. Espera-se a chegada de entre 10 e 15 chefes de Estado. Eles devem almoçar com a presidente Dilma Rousseff no Palácio Guanabara, sede do Governo do Rio de Janeiro. Em seguida, seguem para o estádio. 

O total de 26 mil agentes de segurança se completa com membros do Exército, polícia civil, guarda municipal e bombeiros. 

Apesar do grande contingente, maior do que em outras fases da competição, o ministro Cardoso nega que se trate de um "reforço" no número de envolvidos. "É o que estava planejado para a final", disse.

Ignorando diversos problemas ocorridos, como a invasão de torcedores argentinos e chilenos no Maracanã, o ministro considera a segurança da Copa "ótima" até aqui e chegou a dizer que a final vai coroar o sucesso do Mundial. "Perdemos dentro do campo, mas estamos ganhando fora", comentou.

O plano de segurança da final será detalhado pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro nesta sexta-feira.