Outro Sergio: Argentina volta à final graças a novo heroi dos pênaltis
Do UOL, em São Paulo
Depois de 24 anos a Argentina voltou a uma final de Copa do Mundo. E, assim como da última vez, em 1990, o mérito principal pelo feito é do goleiro. Sergio Romero, jogador do Monaco (FRA), fez com que a seleção nacional trilhasse o mesmo caminho de sucesso trilhado pelo time que tinha Sergio Goycochea como goleiro. Nesta quarta-feira, Romero defendeu dois pênaltis contra os holandeses na disputa após o empate por 0 a 0 na semifinal. Há 24 anos, a história foi a mesma.
Goycochea virou heroi de uma Argentina que tinha o maior de todos, Diego Maradona, que quatro anos antes havia dado o título da Copa do Mundo para seu país. No ano da água batizada contra o Brasil, nas oitavas de final, foi necessário que o goleiro fosse o protagonista para que os argentinos superassem a Iugoslávia, nas quartas de final, e a Itália, na semfinal. Goycochea defendeu um na primeira disputa, e dois pênaltis naquela que deu a vaga à final.
Sergio Romero não é unanimidade e já recebeu muitas críticas por ocupar o posto de titular da seleção argentina, mas recebeu aval do técnico Alejandro Sabella para ocupar a vaga. Desde então, virou homem de confiança. O craque Wesley Sneijder, camisa 10, e o zagueiro Ron Vlaar, da Holanda, foram os que tiveram cobranças defendidas pelo novo heroi.
Assim como aquela Argentina de 1990 que dependeu de Goycochea não teve Maradona em seu momento mais brilhante, este time do qual Sergio Romero agora vira protagonista também não tem Lionel Messi – quatro vezes melhor do mundo entre 2009 e 2013 – em seus melhores momentos. Messi foi decisivo, mas nesta quarta-feira teve talvez sua pior atuação na Copa do Mundo. Cometeu inúmeros erros e passou longe de ser o jogador que é no Barcelona.
Classificada para a final, a Argentina vai repetir as decisões das Copas do Mundo de 1986 e 1990, quando perdeu uma e venceu outra da Alemanha.