Assessor da CBF dá "puxão de orelhas" em repórter da Globo
Mauricio Stycer
Do UOL, em Teresópolis
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Gaspar Nóbrega/VIPCOMM
Assessor Rodrigo Paiva introduz Daniel Alves à coletiva de imprensa
A entrevista coletiva dos jogadores Bernard e Willian, neste domingo (06), na Granja Comary, em Teresópolis, registrou uma reação inesperada de Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Como é praxe sempre que dois jogadores participam da entrevista, as perguntas são todas dirigidas a um deles. Ao final da bateria de questões, tem início um segundo ciclo, para o outro jogador.
O primeiro a responder, neste domingo, foi o atacante Bernard. Depois de ouvir as perguntas de quatro jornalistas, foi a vez do repórter Marcos Uchôa, da Globo. Ele optou por fazer uma questão não ao jogador do Shakhtar, mas aos dois jogadores, pedindo que um defendesse a escalação do outro na partida contra a Alemanha.
Ao final das respostas de Bernard e William, Paiva lamentou que a regra estabelecida tenha sido quebrada. "Foram vocês que pediram isso lá atrás. Facilita a a edição do pessoal de rádio", lembrou. O assessor, porém, acabou desculpando o repórter: "Exceções sempre existem…"
Um outro repórter da emissora, Thiago Asmar, também fez a mesma coisa, mas a sua intervenção foi previamente combinada para que ele entrasse ao vivo no "Esporte Espetacular". Asmar foi o último a perguntar a Bernard, e emendou uma questão para Willian, dando início ao segundo bloco da entrevista.
Punido por uma agressão em jogador chileno, a Fifa esclareceu que o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, poderá continuar coordenando as entrevistas da seleção, com exceção dos dias de jogos, da semifinal e possivelmente final. Ele estará fora do vestiário no dia da partida, nem na entrevista após o jogo.
"Ele foi banido do vestiário. Pode ir ao treino e as entrevistas coletivas. Não pode ir à conferência de imprensa do dia da partida. Só não pode ir ao vestiário", explicou o porta-voz da Fifa, Delia Fischer. Paiva foi punido com quatro jogos, sendo três pelo Mundial, por ter dado um soco no jogador Pinilla, do Chile, no vestiário no intervalo na partida da seleção brasileira com oitavas de final.