Para Deschamps, vitória sobre a Ucrânia em 2013 explica a "nova França"

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio

A França chegou à Copa no Brasil sem alimentar muitas expectativas, quase desacreditada mesmo, por conta da fraca campanha nas eliminatórias europeias. A seleção só se classificou depois de um playoff dramático com a Ucrânia no ano passado. Perdeu o jogo de ida por 2 a 0 e se recuperou, no Stade de France, em Paris, vencendo o rival por 3 a 0.

Por esse motivo, quando questiono sobre qual é a chave do sucesso desta seleção, o técnico Didier Deschamps tem uma resposta que pode soar enigmática para muitos. "O dia 19 de novembro foi a chave".
 
Foi justamente neste dia que a França alcançou o resultado que poucos acreditavam: "Ou a gente se classificava ou ficava em casa. Depois houve outras coisas importantes. Mas a história mudou e as coisas vem acontecendo desde aquele dia."
 
Com duas vitórias e um empate na primeira fase, a França superou a Nigéria nas oitavas e chega às quartas com muito mais segurança do que começou. Ainda assim, Deschamps rejeita o comentário vindo da equipe alemã de que a França seria favorita amanhã e "empurra" o favoritismo para o rival.
 
"Gentil de quem disse que a França é favorita, não a Alemanha. Desde o início da Copa, se podemos rotular uma equipe de favorita, é a Alemanha. A gente está fazendo uma boa Copa", disse, em uma das muitas perguntas sobre o mesmo assunto na entrevista dada nesta tarde, no Maracanã.
 
"Não há razão para estarmos tensos. Temos um adversário muito sólido, mas não sinto nenhum tipo de tensão. Trata-se de prazer. Estamos nos preparando da melhor forma possível para a partida de amanhã".
 
O goleiro e capitão Lloris repetiu o discurso: "É verdade que houve confrontos históricos entre as duas equipes, mas amanhã tentaremos escrever a nossa própria história", disse em referência ao fato de a Alemanha ter vencido as últimas duas partidas em Copa (1982 e 1986, ambas na semifinal).
 
"Não há medo", disse Deschamps. "Estamos diante de uma partida onde tudo é possível. Há sempre a possibilidade de ser  última partida", observou. "É sempre um prazer enfrentar a Alemanha. Estamos muito animados, com muita vontade de ganhar, por nós, pela nossa família e pelo povo francês".
 

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