Felipão esbanja confiança e diz que com Colômbia "não é guerra"

Paulo Passos

Do UOL, em Fortaleza (CE)

Ao lado do capitão do time, Luiz Felipe Scolari parecia querer reforçar a confiança numa vitória do Brasil sobre a Colômbia, na próxima sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Na entrevista coletiva mais tensa do técnico desde o início do torneio, ele falou em programação para a semifinal, marcou encontro com jornalistas e nova visita da psicóloga e previu um clima menos hostil em campo do que o vivido no empate com o Chile nas oitavas de final.

Três dias após admitir a alguns jornalistas que os jogadores da seleção estão abalados emocionalmente e que temem a cobrança em caso de eliminação, Felipão voltou ao discurso de otimismo. Exaltou, por exemplo, as declarações de Carlos Alberto Parreira no início da preparação da equipe em Teresópolis. O coordenador técnico da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) disse que o Brasil começava o torneio com "uma mão na taça".

"Aquelas declarações foram espetaculares do Parreira. Não poderia ser diferente. Não esperava nada diferente. Ainda hoje perguntei para o Paulinho: está sentindo pressão? Ele disse nada, é normal", afirmou o técnico.

Por pelo menos quatro vezes durante os trinta minutos de entrevista, Scolari interrompeu perguntas de jornalistas para retificar alguma informação. Foi assim quando questionado sobre a ida da psicóloga Regina Brandão à Granja Comary, na última terça-feira. Jurou que não houve chamado às pressas e já marcou uma nova visita na próxima semana, contando com uma vitória sobre a Colômbia.

"Vocês estão errados nas interpretações. Está tudo organizado. Nós vamos passar, ela vai lá de novo, no domingo ou na segunda. Tem participado de forma legal. Não ganha nada, nem um centavo. O jogadores adoram participar da reunião com ela", disse o técnico, que marcou também um encontro com as jornalistas que cobrem a seleção. "Só mulher", ressaltou.

Sem Guerra
Apenas uma semana tensa, com cobranças ao time depois do jogo difícil contra o Chile, só vencido nas cobranças de pênaltis, Felipão acredita que na partida desta sexta-feira seu time ficará mais "à vontade em campo".

"É um time mais técnico que o Chile. Como equipe é bem melhor do que o Chile, mas joga um futebol jogador. Não existe guerra. Temos com eles jogos mais amistosos, alegres, disputados. Não tem rivalidade", afirmou Scolari. "Sem guerra nossos jogadores se sentem mais à vontade", completou.

 

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