O histórico de vitórias sobre o Chile em Copas do Mundo não empolga a seleção brasileira. O técnico Luiz Felipe Scolari e o capitão Thiago Silva evitaram falar sobre a freguesia dos rivais sul-americanos e esperam um confronto complicado pelas oitavas de final, no próximo sábado, no Mineirão.

"Estes dados só servem para vocês. Esse time do Chile que está aí não é o que jogou em 62, 98 ou 2010. É o de 2014. E se os dados provam alguma coisa, é que jogamos aqui [em amistoso] e foi 2 a 2. Lá [no Chile] foi 2 a 1. Então há um equilíbrio muito grande", comentou Felipão.

"O que fizeram esses jogadores, não foram os de antigamente. Por isso que está sendo considerado como uma das melhores equipes até o momento. É uma equipe habilidosa e estamos tomando cuidado para não sermos surpreendidos", concordou Thiago Silva.

O Brasil possui um bom histórico sobre os chilenos em mata-matas de Copas do Mundo. A seleção verde-amarela derrotou os rivais sul-americanos nos Mundiais de 1962, 98 e 2010. Os dois últimos confrontos ocorreram justamente nas oitavas de final.

Se o histórico não mexe com a cabeça dos brasileiros, tampouco a empolgação e a confiança chilena. As declarações dos adversários de que não temem o Brasil e que partirão para o ataque contra os anfitriões foram minimizados.

"Acredito que provocação não. Ele confia no time dele como confio no meu. Se não ele confiar no time deles, quem vai confiar? Se ele veio aqui para fazer história, também estou aqui para fazer história", disse Thiago Silva.

Já Felipão elogiou o desempenho dos adversários deste sábado e afirmou que não acredita que a maior altura do time brasileiro seja uma vantagem importante na briga por uma vaga na próxima fase.

"Só altura no futebol não ganha jogo. Noto que eles têm um tempo de bola muito bom. Vejo no futebol mundial vários zagueiros de 1,90 m que se perdem. Taticamente o Chile tem um time bem evoluído, organizado. Se não formos corretos taticamente, teremos dificuldade de passar de fase", afirmou o treinador.