Técnicos argentinos mostram melhor custo benefício no Mundial do Brasil

Do UOL, em São Paulo

Não é só dentro de campo com Lionel Messi que a Argentina está se destacando nesta Copa do Mundo. No banco também. Com treinadores no comando de três seleções, os técnicos do país conseguiram um aproveitamento de 100% nesta primeira fase do Mundial.

E não foi de qualquer jeito. José Pekerman, pela Colômbia, e Alejandro Sabella, pela própria Argentina, venceram seus grupos. Jorge Sampaoli pode não ter ficado na primeira posição de sua chave com o Chile, mas deixou a atual campeã Espanha para trás.

Resultado parecido foi conquistado apenas pelos alemães. Três dos quatro treinadores do país europeu na Copa passaram às oitavas de final: Joachim Löw, da própria Alemanha, Ottmar Hitzfeld, com a Suíça, e Jürgen Klinsmann, pelos Estados Unidos. O único a falhar foi Volker Finke, que comandou a seleção de Camarões.

Só que existe uma grande diferença entre os argentinos e os alemães: o salário. Os três treinadores da Alemanha que chegaram à segunda fase do Mundial estão entre os 10 técnicos mais bem pagos do torneio. A média salarial dos quatro é de R$ 5,7 milhões por ano. Se tirarmos Finke desta conta, o número salta para R$ 7,3 milhões. 

Já os argentinos, o mais bem pago aparece apenas na 14ª posição da lista, Sampaoli. A média dos três é de R$ 3,1 milhões, o que mostra um bom custo benefício para as federações que os contrataram.
 
Do lado oposto de argentinos e alemães estão os italianos. Dos três que disputaram o Mundial, nenhum conseguiu passar à segunda fase. Cesare Prandelli, com a prória Azzurra, Fábio Capello, pela Rússia, e Alberto Zaccheroni, com o Japão, falharam em suas missões na Copa. Para piorar, os três estão entre os dez mais bem pagos do torneio, com uma média de R$ 13,6 milhões entre eles. É verdade que só o salário de Capello já puxa bem esse número, já que ele tem um ganho de R$ 25,1 milhões na Rússia. 
 
Colômbia e Portugal são os outros países com três técnicos na Copa e viram apenas um de cada passar: Jorge Luis Pinto, com a surpreendente Costa Rica, e Fernando Santos, com a Grécia, respectivamente. A média salarial portuguesa não é a das mais baixas, com os salários de Paulo Bento, em Portugal, e Carlos Queiroz, no Irã, acima da casa dos R$ 4,5 milhões. 
 
França e Bósnia tinham dois técnicos e também tiveram um classificado cada: Didier Deschamps, com os "Bleus", e Vahid Halihodzic, pela Argélia. 
 
Brasil, com Luiz Felipe Scolari, e Holanda, com Louis Van Gaal, estão entre as federações que também mais desembolsam com seus treinadores: gastos de R$ 8,8 milhões e R$ 6,1 milhões, respectivamente. Os dois são os únicos técnicos dos dois países nesta Copa. 
 
Técnicos da Copa do Mundo por nacionalidade
 
Alemanha
Ottmar Hitzfeld (Suíça) - R$ 8,3 milhões por ano 
Joachim Löw (Alemanha) - R$ 8 mi 
Jürgen Klinsmann (Estados Unidos) - R$ 5,8 mi 
Volker Finke (Camarões) - R$ 0,8 mi
 
Argentina
Jorge Sampaoli (Chile) - R$ 3,9 mi 
José Pekerman (Colômbia) - R$ 3,7 mi 
Alejandro Sabella (Argentina) - R$ 1,8 mi
 
Colômbia
Luis Fernando Suarez (Honduras) - R$ 1,4 mi 
Reinaldo Rueda (Equador) - R$ 1,2 mi 
Jorge Luis Pinto (Costa Rica) - R$ 985 mil
 
Itália
Fábio Capello (Rússia) - R$ 25,1 mi 
Cesare Prandelli (Itália) - R$ 9,6 mi
Alberto Zaccheroni (Japão) - R$ 6,1 mi
 
Portugal
Paulo Bento (Portugal) - R$ 4,83 mi 
Carlos Queiroz (Irã) - R$ 4,6 mi 
Fernando Santos (Grécia) - R$ 1,9 mi
 
Bósnia-Herzegovina
Vahid Halihodzic (Argélia) - R$ 2,2 mi 
Safet Susic (Bósnia) - R$ 788 mil
 
França
Didier Deschamps (França) - R$ 4,83 mi 
Sabri Lamouchi (Costa do Marfim) - R$ 2,3 mi
 
Inglaterra
Roy Hodgson (Inglaterra) - R$ 13,1 mi
 
Brasil
Luiz Felipe Scolari (Brasil) - R$ 8,8 mi
 
Espanha
Vicente del Bosque (Espanha) - R$ 7,5 mi
 
Holanda
Louis Van Gaal (Holanda) - R$ 6,12 mi
 
Austrália
Ange Postecoglou (Austrália) - R$ 3,1 mi
 
Uruguai
Oscar Tabárez (Uruguai) - R$ 2,8 mi
 
Bélgica
Marc Wilmots (Bélgica) - R$ 1,9 mi
 
Coreia do Sul
Hong Myung-Bo (Coreia do Sul) - R$ 1,7 mi
 
Nigéria
Stephen Keshi (Nigéria) - R$ 877 mil
 
Croácia
Niko Kovac (Croácia) - R$ 607 mil
 
Gana
Jams Kwesi Appiah (Gana) - R$ 563 mil
 
México
Miguel Herrera (México) - R$ 469 mil

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