"Isso não me atrapalha", diz goleiro russo sobre laser. Técnico discorda

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em Curitiba

O goleiro Igor Akinfeev, da Rússia, afirmou depois do empate contra a Argélia, em Curitiba, que a luz apontada para seus olhos de um aparelho projetor – conhecido como laser – não o atrapalhou no lance que originou o empate argelino e a eliminação russa.

"Isso não me atrapalha", afirmou Akinfeev, na zona mista. O goleiro não aceitou falar em inglês e concedeu apenas declarações à imprensa russa. O técnico italiano Fabio Capello, da Rússia, discordou. Em entrevista coletiva após a partida ele se posicionou:

"Podíamos ter ganho sim, infelizmente sofremos gol em lance de bola parada numa falta que o árbitro deve ter apitado antes ao nosso favor. Uma coisa que tenho de lamentar é o tratamento da arbitragem conosco, sempre fiquei quieto, mas agora que acabou tenho de falar. Não apitaram uma falta em Kokorin próxima à área. Contra a Bélgica, houve um pênalti duvidoso. Tenho que falar. Tenho que falar que o nosso goleiro foi cegado por um laser 10 segundo antes do gol. Isso o árbitro não tem nada a ver, mas tenho que falar", falou o técnico, após a partida na Arena da Baixada.

Ex-Inglaterra e Real Madrid, Capello foi questionado pela imprensa argelina se atribuir a culpa à arbitragem e ao laser não seria desmerecer a classificação dos africanos. E o treinador da seleção russa tentou se explicar.

"Não estou dando desculpas, sempre aceito derrota. O dado de fato do laser, se você quiser, vai ver. Não são desculpas, o lance do laser existiu. Não faz parte da minha natureza usar desculpas. Quando jogamos mal, digo que jogamos mal. Quando jogamos bem, digo que merecíamos vencer. Talvez o senhor tenha errado de personagem. Nunca na minha vida precisei de utilizar desculpas", falou.

A reportagem procurou posicionamento do Comitê Organizador Local (COL) sobre o incidente do laser, mas não obteve resposta até a publicação.
 

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos