Em BH, até a Polícia tem medo dos chilenos antes de jogo com Brasil

Jeremias Wernek, Luiza Oliveira e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Belo Horizonte

  • Pedro Ivo Almeida/UOL

    Policiais do "Batalhão da Copa" cercam o CT Toca da Raposa durante treino da seleção do Chile

    Policiais do "Batalhão da Copa" cercam o CT Toca da Raposa durante treino da seleção do Chile

Jorge Sampaoli, Alexis Sanchez e Arturo Vidal não são os únicos chilenos que causam preocupação aos brasileiros às vésperas do confronto pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Nas ruas de Belo Horizonte, são os torcedores da seleção andina que causam medo.

Após a invasão de parte da torcida no Maracanã no duelo com a Espanha, na primeira fase, até os policiais mineiros revelaram ter medo dos chilenos.

"Não podemos ficar esperando algum inconveniente para reagir. Precisamos estar atentos desde já. Houve uma orientação para que observássemos toda a movimentação de perto. Ficamos com um certo medo depois do que eles fizeram no Rio de Janeiro. É um jogo [oitavas de final, no sábado] que atrai toda atenção e estaremos reforçando o efetivo", explicou o Tenente Daniel Prado, responsável pela equipe do "Batalhão Copa" que cercava a Toca da Raposa – concentração e centro de treinamento usados pelo Chile - na última quarta-feira.

Se no início do Mundial apenas seis policiais (duas viaturas) garantiam a tranquilidade na porta do local, nesta semana o efetivo foi mais de dez vezes maior. No treino de quarta, oito viaturas da Polícia Militar, 35 homens do "Batathão Copa" e dez guardas municipais cercavam a Toca da Raposa.

"A tendência é que este número aumente. Vamos verificar o comportamento deles nos próximos dias", explicou Daniel Prado.

As maiores preocupações nos policiais são com possíveis invasões ao local. No final da última semana, um torcedor entrou no centro de treinamento e conseguiu se aproximar dos jogadores.

Além disso, a polícia também estará atenta a possíveis ações dos chilenos por conta da falta de ingressos. Boa parte do grupo que chega a acampar na frente da Toca da Raposa ainda não tem entradas.

Os chilenos, no entanto, rechaçam o rótulo de baderneiros. "Sinceramente, não precisava de tanta polícia. Não somos bandidos e não queremos colocar medo em ninguém. Só queremos poder acompanhar nosso time de perto. Aquele bando que invadiu o Maracanã não tem nada a ver com a turma que está aqui", disse o torcedor Jorge García.

Pedro Ivo Almeida/UOL
Torcedor do Chile observa policiais do "Batalhão da Copa" na porta do CT

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