O "esquema de guerra" montado pelas autoridades de segurança após a invasão de um grupo de chilenos ao Maracanã ainda não conseguiu impedir totalmente a ação dos cambistas. Com o cerco fechado, o comércio irregular de ingressos migrou para a Rua São Francisco Xavier, próxima ao estádio.

Repleto de bares, o local recebe atuação livre dos cambistas antes do jogo entre Equador e França, às 17h. O UOL Esporte flagrou ingressos sendo oferecidos por até R$ 2 mil em iniciativa de um grupo de pelo menos dez pessoas. Um francês adquiriu bilhete de arquibancada pelo valor em negociação acompanhada pela reportagem.

Abordado na sequência, o torcedor não comentou a aquisição e limitou-se a dizer que a prática também ocorre em seu país.

O patrulhamento de policiais militares e guardas minicipais na região ocorre constantemente. No entanto, são raras as abordagens para coibir a comercialização.

Com a rampa do metrô completamente cercada, o principal ponto de ação dos cambistas mudou de endereço e segue a todo o vapor. A saída do transporte público era o local favorito para a comercialização irregular de bilhetes e furtos.

Apesar de toda a movimentação, moradores da região próxima ao Maracanã seguem com dificuldades de circular. A passagem pelas inúmeras barreiras policiais ocorre apenas para quem possui ingresso ou credencial expedida pela Fifa.