Troca de local de treino contraria Deschamps e afeta entrevista oficial
Mauricio Stycer
Do UOL, no Rio
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AFP PHOTO / FRANCK FIFE
Didier Deschamps, técnico da França, coça a cabeça durante treino no Engenhão, no Rio de Janeiro
Obrigada pela Fifa a treinar no Engenhão, na véspera da partida contra o Equador, a seleção da França se viu forçada a fazer uma série de deslocamentos não previstos pelo Rio de Janeiro. A situação contrariou o técnico Didier Deschamps.
Na entrevista obrigatória, realizada na noite desta terça-feira no Maracanã, Deschamps vetou a participação do capitão do time, o goleiro Lloris, ou de qualquer outro titular. "Por causa do circuito muito longo que nos impuseram, ia levar 40 minutos para chegar aqui. Deschamps não achou correto trazer um jogador titular para a coletiva", informou o assessor de imprensa da seleção.
Deschamps acrescentou pouco ao que disse o seu assessor, mas lamentou: " É uma pena não sentir a atmosfera do estádio. É um lado cerimonial importante. Mas foi por uma boa razão", reconheceu. O Maracanã foi vetado para as duas equipes por conta das más condições do gramado. "Isso, porém, causou algumas mudanças, na véspera do jogo", acrescentou.
Já classificada para a próxima fase, a França entra em campo com o objetivo de terminar em primeiro lugar no seu grupo. Deschamps repetiu esse mantra inúmeras vezes ao longo da entrevista. "É um jogo de Copa do Mundo, diante de uma equipe que vai lutar pela sua classificação. Temos que manter tudo que fizemos de bom até agora e lutar para terminar em primeiro lugar."
Em um treino secreto, mas testemunhado por jornalistas franceses na segunda-feira, Deschamps testou cinco alterações na equipe. O técnico, porém, não confirmou as mudanças. O volante Cabaye, suspenso, não jogará. E o zagueiro Varane, que teve um problema estomacal, é dúvida.
"No momento em que montei um grupo de 23 jogadores, é porque acredito que todos podem jogar. Tenho que encontrar um equilíbrio entre os mais e os menos experientes", despistou o técnico.