Equador sente a pressão de ser único sul-americano ainda não classificado
Mauricio Stycer
Do UOL, no Rio
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AP Photo/Michael Sohn
Jogadores do Equador se abraçam para comemorar o gol da virada sobre Honduras
Nesta "Copa América" em que se transformou a Copa do Mundo no Brasil, o Equador entra em campo, nesta quarta-feira, contra a França, no Maracanã, sob pressão. É o único dos seis países da América do Sul que ainda não se classificou para as oitavas de final.
"Naturalmente existe essa pressão", reconheceu o técnico Reinaldo Rueda. Com uma vitória e uma derrota, a seleção equatoriana tem os mesmos três pontos que a Suíça, cujo adversário de amanhã é Honduras.
Rueda sabe que precisa vencer a França de qualquer maneira para sonhar com a classificação. e, ainda assim, depende do resultado da partida da Suíça para definir a sua situação. "Temos que fazer uma partida perfeita".
Na visão do técnico, a França tem capacidade de trabalhar a bola melhor que a sua equipe. "Por isso, precisamos reduzir os espaços", diz. "França é uma seleção muito compacta, com jogo muito prático e agressivo", avalia.
Rueda não cogita a possibilidade de encontrar um adversário mais relaxado porque já está classificado para as oitavas. "É um rival que vai entrar com o mesmo rigor e exigência de sempre".
Provocado, Rueda evitou lamentar que as duas seleções não poderão fazer o último treinamento antes do jogo no Maracanã, cujo gramado está em condições não ideias. O Equador vai treinar em São Januário, enquanto a França praticará no Engenhão.
O técnico apenas se queixou do trânsito no Rio, que atrasou a sua chegada para a entrevista no Maracanã.
Rueda fez mistério sobre a escalação, mas deu a entender que deve começar com a mesma equipe que entrou em campo na partida contra Honduras, vencida pelos equatorianos por 2 a 1.