O aniversário da adolescente argentina Azul Borletto, de 14 anos, é só em dezembro, mas o presente ela já ganhou: uma viagem com os pais e a irmã mais nova pelo Brasil, na época da Copa. "Preferi isso a fazer a festa, e não me arrependo", diz a menina. "A festa dura uma noite só", justifica.

Com o pai, Marcelo, a mãe, Janina, e a irmã, Sofia, Azul ficará no país por dois meses. A família veio de carro de Córdoba e já passou por Curitiba, Paraty e Rio de Janeiro. Na manhã de segunda-feira estavam na Cidade do Galo, em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte, sede da seleção argentina durante o Mundial.

A ideia era tentar ver os jogadores quando saíssem rumo a Porto Alegre, onde jogam com a Nigéria nesta quarta, ainda que fosse pela janela do ônibus. Isso porque a família não tem ingresso para nenhum jogo. "Está muito caro. Até encontramos, mas cada um por mil dólares", conta a mãe de Azul. "E somos quatro. Isso nos custaria alguns dias de férias", completa.

A família, que chegou a Belo Horizonte no domingo (22), deve partir hoje. Eles vão para Porto Seguro, onde têm amigos e devem ficar por lá, curtindo os jogos e o clima de mundial pela televisão.

Para Azul, que foi batizada assim por causa das cores do Talleres de Córdoba, clube do coração do pai, está perfeito. Sua única preocupação é escolher o que levar de presente para as amigas. "Elas ficaram felizes por mim e querem um presente, pois ficaram em Córdoba, tendo aulas", conta.