Ídolo inglês detona tática de treinador e falta de iniciativa de Gerrard

Do UOL, em São Paulo

  • Clive Rose/Getty Images

    Lineker criticou a falta de liderança de Steven Gerrard para organizar e detectar problemas da Inglaterra

    Lineker criticou a falta de liderança de Steven Gerrard para organizar e detectar problemas da Inglaterra

O ex-jogador e atualmente comentarista inglês Gary Lineker criticou neste domingo o esquema tático do treinador Roy Hodgson durante os dois primeiros jogos da seleção da Inglaterra na Copa.

"O esquema que funciona melhor para este tipo de Inglaterra, com a pouca experiência da mesma, é provavelmente um 4-3-3", disparou o ex-atacante da seleção inglesa e artilheiro do Mundial de 1986, durante um programa da rede BBC.

"Eu acho que seria melhor termos atuado – e eu disse isso antes do torneio – com três meias, porque você consegue dar a si mesmo uma opção defensivamente."

Lineker também questionou a capacidade de Steven Gerrard de identificar problemas da seleção inglesa durante as partidas.

"Nós não temos jogadores que fazem leitura dos problemas no gramado. Steven Gerrard, um jogador maravilhoso que ele é, foi individual em vários aspectos. Ele não foi realmente aquele jogador capaz de organizar ou perceber problemas. Ele não detectou os riscos do lado esquerdo da Inglaterra na primeira partida [contra a Itália], que foi bastante óbvio após poucas tentativas."

Apesar das críticas, Lineker valorizou o fato do técnico inglês estar renovando a seleção da Inglaterra e dando oportunidades a atletas novatos, embora enfatizado que os ingleses - com "a possível exceção de Wayne Rooney" - não contam com jogadores de primeira linha do futebol mundial.

"Eu acho que gradualmente avançamos um pouco mais do caminho. Nós estamos jogando para alcançar o resto do mundo, mas mudamos coisas na evolução dos jogadores jovens. O futuro será mais brilhante do que foi."

A seleção da Inglaterra perdeu suas duas primeiras partidas na Copa - contra Itália e Uruguai, ambas por 2 a 1 - e já está eliminada do Mundial do Brasil ainda na fase de grupos, o pior resultado de um escrete inglês desde a Copa de 1958.

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