No último treino antes da viagem para Brasília para o jogo contra Camarões, que decidirá a sorte da seleção brasileira na Copa do Mundo, o técnico Luiz Felipe Scolari tentou voltar no tempo. Mais especificamente para junho de 2013, quando a combinação de tenacidade e pressão da equipe subjugava adversários do quilate de Itália e Espanha.

Na sessão da tarde deste sábado na Granja Comary, Felipão focou o trabalho em exercícios táticos de saída de bola e marcação da posse adversaria. O treinador, em diversos momentos, parou o treino e repetiu situações em que viu defeitos no sistema.

Pareceu se concentrar no lado direito da defesa brasileira, justamente o setor mais questionado por torcida e imprensa até agora na Copa do Mundo. A julgar pela sessão de cerca de duas horas em Teresópolis, Hulk estará de volta à equipe, para funcionar como a combinação de aríete e "vigia" que Scolari tanto precisa em seu sistema.

Felipão também reclamou demais dos jogadores quando a saída de bola na defesa brasileira não ocorria na velocidade por ele desejada. "Não é tão difícil assim de entender", esbravejou o treinador num momento em que o time titular foi encurralado pelo reserva no lado direito.

Neymar pode ser poupado

Houve também momentos em que o treinador simulou possíveis substituições para três dos quatro jogadores da seleção "pendurados" com um cartão amarelo. Dante entrou no lugar de Thiago Silva, com Fernandinho assumindo a vaga de Luiz Gustavo e Willian no lugar de Neymar – Ramires, o quarto, e que jogou o primeiro tempo contra o México, sequer foi testado como titular.