O presidente da Fifa, Joseph Blatter, visitou a Arena da Baixada, em Curitiba, pela primeira vez na noite desta sexta-feira, para assistir ao confronto entre Honduras e Equador, pelo Grupo E da Copa do Mundo. Antes do suíço, o escalão máximo da Fifa que havia chegado à capital paranaense havia sido o secretário-geral Jérôme Valcke, que em janeiro passou perto de decretar a exclusão da Arena da Baixada do torneio, por atrasos nas obras e falta de recursos. E ao chegar ao local nesta sexta-feira, Blatter pediu uma vistoria informal, como um passeio, para conhecer e checar as instalações.

Segundo voluntários que trabalharam na partida desta sexta-feira, Blatter chegou à Arena da Baixada por volta das  16h, três horas antes do apito inicial. O presidente da Fifa chegou acompanhado de comitiva da entidade e três homens da Polícia Federal – outros diversos trabalharam no estádio durante o jogo. Ao chegar ao estádio, segundo o relato, Blatter pediu para fazer uma vistoria no local para checar como ficaram as instalações. Até os vestiários foram visitados no passeio pela Arena.

Dentro do estádio, o presidente da Fifa apareceu publicamente apenas antes de a bola rolar. Acenou para alguns e foi fotografado por poucos, tão pouco o tempo que se exibiu. O presidente da Fifa ficou na área VIP, mas enclausurado em setor ainda mais fechado. Aqueles que viram a partida da área VIP não compartilharam o mesmo espaço com ele.

Em janeiro deste ano, a Arena da Baixada ficou perto de ser sacada da Copa ao apresentar atraso preocupante. A obra, que teoricamente era a mais fácil por se tratar da reforma de um estádio que já vinha sendo utilizado, se tornou a mais complicada. Contou com investimento da prefeitura e do governo estadual, além da parte bancada pelo próprio Atlético-PR, para ficar pronta. Após o ultimato de Jérôme Valcke, foi necessário um novo empréstimo no BNDES, no valor de R$ 65 milhões, para finalizar o estádio.

O Atlético-PR deu estádio, CT do Caju e cotas de televisão da Rede Globo como garantias de pagamento do empréstimo – repassado pela Fomento Paraná. Mesmo com o aporte final, alguns pontos do projeto inicial não foram concluídos: o painel eletrônico que ocuparia a fachada principal da Arena foi substituído por um estático, o teto retrátil não foi feito e o prédio de seis andares no qual seria construído o centro de imprensa está totalmente inacabado.

A Arena da Baixada, com todas as dificuldades, foi a última a ficar pronta para a Copa do Mundo. Os últimos ajustes foram feitos na véspera da estreia, no último dia 16, e ainda há muitas áreas onde falta limpeza e acabamento.