'Padrinho' dos carrascos, goleiro folclórico diz que México perdeu medo

Fernando Duarte

Do UOL, em Fortaleza (CE)

Em 21 de janeiro de 1996, o México obteve sua primeira vitória sobre a seleção brasileira em 28 anos e apenas a segunda de sua história. Um dos destaques daquela partida, o goleiro Jorge Campos vê naquela resultado o começo de uma perda da versão mexicana para o "complexo de vira-latas" e que resultou no impressionante retrospecto da "Tri" sobre os brasileiros nos últimos anos - desde 1999, foram sete vitórias e dois empates contra quatro derrotas.

"Perdemos o medo de jogar com o Brasil e aquela partida foi importante. As gerações que vieram depois da minha já não tem mais o complexo de enfrentar um país com tanta história no esporte, como ficou provado nas Olimpíadas de Londres", diz Campos, com um sorriso e uma piscada.

Conhecido pela excentricidade nos vestuário nos tempos de jogador – suas camisas de goleiro eram mais espalhafatosas do que qualquer uma usada por Dunga nos tempos de treinador – o goleiro não perdeu o gosto duvidoso. Trabalhando para uma TV mexicana, ele chegou ao Castelão na manhã desta terça-feira trajando caça roxa e uma camisa prateada. "Sou um cara que gosta de cores, o que posso fazer", brincou o ex-goleiro, de 47 anos, e que autuou 130 vezes pela seleção mexicana e foi titular nas Copas de 1994 e 1998.

Apostando num empate na partida em Fortaleza, Campos defendeu a decisão de Felipão de manter Júlio Cesar como titular mesmo depois de o goleiro ter jogado muito pouco desde a Copa das Confederações. "Júlio tem uma experiência impressionante e isso é fundamental num goleiro. Jogadores de linha é que precisam mais de partidas. Goleiros precisam é de cabeça boa e isso ele tem. Nenhum sujeito de cabeça fraca se recuperaria de todas as críticas que ele sofreu pela falha em 2010", afirmou Campos.

Fernando Duarte/UOL e Getty Images
Jorge Campos está em Fortaleza para acompanhar o jogo da segunda rodada

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos