Invencibilidade na Copa faz Brasil evitar falar em frustração após empate

Do UOL, em São Paulo

As declarações dos jogadores da seleção brasileira deixaram uma sensação bastante clara ao final do empate sem gols contra o México. O fato de a equipe não ter perdido na segunda rodada da Copa do Mundo foi mais valorizado do que admitir alguma frustração pelo empate presenciado por 60.432 torcedores.

Em um jogo disputado com fortíssima marcação no meio campo e pouco espaço reservado para a criação, o consenso de alguns dentro do elenco comandado por Luiz Felipe Scolari é de que o empate não pode ser considerado como um resultado ruim, levando em conta toda a dificuldade envolvida e o ótimo desempenho do goleiro mexicano, Ochoa.

"O mais importante em uma partia de copa do mundo é não perder", resumiu Jô, que entrou no lugar de Fred ao som de muitas vaias e teve uma das melhores chances de gol do Brasil no segundo tempo, quando recebeu passe de Bernard em profundidade e chutou para fora. "Copa do Mundo não tem jogo fácil. Quando se trata de Brasil todo mundo quer jogar", completou William, que entrou no lugar de Oscar já na reta final do jogo.

Um dos jogadores mais ativos na partida desta terça, em Fortaleza, David Luiz credita ao equilíbrio da partida feita pelo México o empate sem gols. "Foi um grande jogo, contra um grande adversário. Tivemos períodos melhores que eles no jogo, assim como eles também. A gente tinha a ambição de jogar para classificar. Mas a gente tem mais um jogo para classificar. Paciência".


Nenhum dos jogadores entrevistados após a partida admitiu estar frustrado por não ter vencido a partida e já garantido a classificação nas oitavas-de-finais.
"Não (tem frustração). Tentamos impor um ritmo forte, e eles também vieram para atacar. E a gente está super vivo dentro da competição", declarou Bernard, que substituiu Ramires no intervalo de jogo.

Felipão, que destacou a força física e a boa qualidade do México para aliar marcação intensa e saída para o ataque, também evitou reclamar muito do 0 a 0. "Temos (os brasileiros) a mania de achar que os outros não jogam nada. O México teve mesma posse de bola, chutou bastante, jogou com qualidade. Não foi o (resultado) que nós queríamos, mas fiquei contente com a evolução que vi. Time foi pelo menos 10% melhor do que jogou contra a Croácia".

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