Comentário de Galvão Bueno sobre origem do hino à capela revolta paraenses

Do UOL, em São Paulo

Os paraenses que assistiram à abertura da Copa na TV Globo ficaram indignados quando o narrador Galvão Bueno disse que a tradição de cantar o hino nacional à capela antes dos jogos da seleção começou em Fortaleza, palco de Brasil e México, nesta terça-feira.

Imediatamente, eles começaram uma campanha para dizer que a primeira vez que o hino foi cantado dessa forma pela torcida brasileira aconteceu em 2011, no Superclássico das Américas, contra a Argentina, em Belém.

O fato voltou a ocorrer apenas dois anos depois, em Fortaleza na Copa das Confederações. Foi então considerado começo da reaproximação da torcida com o time.

Para ser justo, o hino à capela é uma tradição antiga do vôlei, mas os paraenses reivindicam para si o pioneirismo no futebol.

Na ocasião, a seleção treinada por Mano Menezes foi a Belém apenas com atletas que atuavam no futebol nacional, mas o estádio do Mangueirão recebeu mais de 40 mil torcedores.

Quando a música oficial parou de tocar, os paraenses continuaram a canção, o que seria repetido em cada jogo da seleção em casa. 

Os comentários indignados nas redes sociais (muitos falavam de preconceito contra os habitantes do Norte do país) chegaram ao repórter Tino Marcos, também da Globo, que depois creditou aos paraenses a invenção da tradição.

O repórter repetiu a informação também na televisão.

Mas a polêmica já tinha tomado os bares e as conversas cotidianas da cidade. O principal jornal do estado fez uma matéria de uma página inteira relembrando a cantoria da torcida em 2011. "De Belém para todo o Brasil", manchetou o Diário do Pará.

O próprio Galvão Bueno, em 2011, tinha se mostrado bastante comovido com a reação da torcida. "Parabéns, povo do Pará! Se isso não mexer com o jogador, nada mais mexe", afirmou sobre o hino à capela na ocasião.

Veja alguns comentários revoltados dos torcedores paraenses:

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