Invasão argentina mostra que, 64 anos depois, mística do Maracanã está viva

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio

O Maracanã já não é o maior estádio do mundo há muito tempo, mas a sua mística permanece, mesmo depois da reforma que o desfigurou. Nesta segunda (16), comemora-se 64 anos da sua inauguração.  Nova prova do seu carisma foi dada na véspera, domingo, dia do primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014 no Rio. 

Para quem estava lá, seja em campo, seja na plateia, o Maracanã acabou sendo um dos grandes personagens da partida entre Argentina e Bósnia. O estádio recebeu 74.738 espectadores, maior público até agora no Mundial. 
 
Cerca de 30 mil argentinos ocuparam cadeiras em diferentes setores ao redor do estádio. "Não existe registro de um deslocamento deste porte para ver uma partida de futebol no exterior", diz Dário D´Amore, jornalista da TV America, da Argentina. 
 
Dentro do estádio, os argentinos enfrentaram uma torcida adversária de peso – milhares de brasileiros torcendo pela Bósnia. O encontro produziu um embate sensacional de gritos e músicas. "Foi impressionante", disse Messi, depois da partida.
 
"É uma vantagem e uma alegria contar com esse apoio na Copa", disse Higuain. O técnico Sabella também comentou: "Não gosto de comentar de temas fora do futebol, mas vai ter jogos com torcida a favor e jogos com torcida contra. Temos que estar preparados para isso".
 
Antes da partida, dezenas de argentinos paravam para fazer fotos diante da estátua do Bellini, um dos símbolos do velho Maracanã que sobreviveu à reforma do estádio. Nem todos, porém, faziam ideia de quem se trata. "Pelé? Mario Filho?", pergunta Alejandro Reyes, de 25 anos. "Quem é Bellini?", prossegue, depois de ser informado do nome que batiza o monumento.
 
Apesar do desconhecimento, Reyes, como os demais argentinos que assistiram à partida, dificilmente se esquecerá do Maracanã.
 

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