"Copa muda a percepção das pessoas sobre o Brasil", diz torcedor alemão

Vagner Magalhães

Do UOL, em Salvador

  • Vagner Magalhães/UOL

    A casal Björn Erik Peter, alemão, e Gabriela Silva Gonçalves, brasileira, se conheceram em São Paulo, vão se casar e torcer pela Alemanha

    A casal Björn Erik Peter, alemão, e Gabriela Silva Gonçalves, brasileira, se conheceram em São Paulo, vão se casar e torcer pela Alemanha

Antes do pontapé inicial Copa do Mundo do Brasil, na semana passada, as notícias sobre o país não eram as mais tranquilizadoras. Protestos contra a realização do Mundial no país, desconfiança sobre se as coisas iam funcionar direito durante o torneio. Bastou a bola rolar e a percepção das pessoas começa a mudar, segundo médico o alemão Björn Erik Peter, 37. Ele lembra que durante a Copa da Alemanha, em 2006, a situação era um pouco semelhante.

"No nosso caso, falavam que o povo alemão é frio, que as pessoas não se misturavam. Bastou começar o Mundial e as pessoas diziam que amavam a Alemanha", disse ele. Na sua opinião, o maior legado que o Brasil deixa nessa Copa é o povo. "Sabemos que o Brasil tem problemas, mas as pessoas que vêm para cá são muito bem tratadas. Não tem como negar", disse ele.

Peter esteve em São Paulo, em 2012, e encontrou a mineira Gabriela Silva Gonçalves, 30 anos. Ambos e conheceram em um hotel da capital paulista e não se largaram mais. Ele voltou para o Brasil - mora em Frankfurt -, ela foi para Alemanha e, em 30 dias, vão se casar.

O casal acompanhou nesta segunda-feira a goleada de 4 a 0 da Alemanha sobre Portugal, válida pela primeira rodada da Copa do Mundo, em Salvador. "Numa Copa, o futebol fica em segundo plano. O mais interessante é esse intercâmbio com pessoas de todo o mundo. Ainda assim, vamos torcer pela Alemanha. Tem tudo para ser uma ótima partida", diz.

Gabriela ganhou do namorado um par de brincos, com miniaturas do troféu da Copa. "É muito bom ver esse povo todo aqui no Brasil. É uma festa, fica tudo colorido e tenho certeza que os estrangeiros vão ficar com uma boa percepção daqui".

O alemão, que já consegue falar português, ainda que com alguma dificuldade, elege o maior problema brasileiro. "É  um país muito burocrático", define.

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