Na expectativa de superar dores na coxa para estar em campo na terça-feira diante do México, Hulk concedeu entrevista coletiva neste domingo. Com a seleção prestes a jogar em Fortaleza, o paraibano falou  sobre o preconceito sofrido pelos nordestinos no Brasil.

"Infelizmente o nordestino ainda sofre um pouco de preconceito. Acho que no caso do Rivaldo, por exemplo, é um cara que deveriam ter mais respeito por ele. Ele é um grande jogador, fez muito pela seleção brasileira e foi o melhor em 2002. Não sei se é porque ele é nordestino", afirmou

Antes, o atacante já havia se irritado com uma pergunta sobre por que os nordestinos seriam engraçados.

"Não levo por esse lado, engraçado, até porque não fazemos graça para ninguém. A seleção não joga sempre lá, e muitos são ídolos, por isso a torcida nordestina apoia muito a seleção. Mas engraçado não. O nordestino apoia e torce porque gosta de futebol", disse.

Hulk disse que passou por muitas dificuldades no estado onde nasceu; por isso, faz questão de carregar a bandeira.

"Sei das dificuldades que passei na Paraíba, por isso carrego sempre essa bandeira comigo", afirmou.

O jogador do Zenit-RUS também lembrou de sua chegada à seleção, e da forma como superou as dificuldades e a desconfiança para se tornar peça importante do time de Felipão.

"Cheguei na seleção, não foi de paraquedas, trabalhei muito pra chegar aqui. Joguei Dunga, Mano e hoje Felipão. Cheguei questionado, hoje tenho a confiança da comissão, dos torcedores, consegui meu espaço e a confiança da comissão".

O Brasil enfrenta o México na terça-feira, às 16h, no Castelão, em Fortaleza.