Goleiro prestes a quebrar recorde na Copa vai largar o futebol em julho

Jeremias Wernek

Do UOL, em Belo Horizonte

  • Lars Baron/Getty Images

    Mondragón completa 43 anos dias antes da última partida da Colômbia no grupo C da Copa do Mundo

    Mondragón completa 43 anos dias antes da última partida da Colômbia no grupo C da Copa do Mundo

Faryd Mondragón só precisa de um mísero minuto em campo no Brasil para quebrar o recorde de jogador mais velho a disputar uma Copa do Mundo. O goleiro reserva da Colômbia, às vésperas de completar 43 anos, ainda depende dos planos do técnico José Pekerman para entrar para a história. Mas já sabe que depois de 13 de julho não colocará mais as luvas.

O camisa 22 da Colômbia está em vias de superar Roger Milla, camaronês que atuou na Copa do Mundo de 1994 com 42 anos e um mês de vida.

Na zona mista do Mineirão, após a estreia com vitória em cima da Grécia, Mondragón surgiu como o dono da chave do vestiário. Abraçou amigos da imprensa argentina, atendeu os colombianos com calma. E também disse ao UOL Esporte o que já se imaginava.

"Estou aproveitando cada minuto, cada segundo deste Mundial. Depois da Copa certamente vou me aposentar. Então quero aproveitar os bons momentos", afirmou o goleiro.

Indagado se com a vitória na arrancada do grupo C, e a classificação mais próxima, já era possível imaginar a chance esperada de fazer história na última rodada, ele desconversou. Mas nem tanto.

"Isso quem vai definir é o técnico. O que eu quero é que essa seleção faça história. Se a minha puder vir depois, vai ser perfeito", comentou Mondragón.

O goleiro de 1,91m já disputou 50 partidas pela seleção colombiana. E foi titular na Copa do Mundo de 1998, quando a equipe não passou da primeira fase. Quatro anos antes, nos Estados Unidos, ele assistiu do banco a eliminação precoce de uma equipe que havia sido sensação nas eliminatórias sul-americanas.

Fora da seleção, Mondragón rodou bastante. Atuou por Cerro Porteño, Independiente de Avellaneda, Zaragoza, Mainz, Galatasaray e Philadelphia Union, dos Estados Unidos. Além de, é claro, do Deportivo Cali. Time que o revelou no longínquo ano de 1990.

"Eu estou muito feliz e muito orgulhoso de voltar a uma Copa do Mundo com a Colômbia. Nunca pensei que isso aconteceria outra vez. Mas este é um grupo com fibra, mesmo sendo jovem", opinou.

A Colômbia ainda encara Costa do Marfim e Japão na primeira fase da Copa do Mundo. Com saldo de gols positivo, o time de Pekerman enfrenta os africanos na próxima quinta-feira, em Brasília. E depois o desafio será contra os asiáticos em Cuiabá, três dias depois de Mondragón completar 43 anos.

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