A seleção brasileira deixou às 14h51 o hotel em que se hospedou em São Paulo para a abertura da Copa do Mundo, contra a Croácia, no Itaquerão. Sob clima de festa, mas com um esquema forte de segurança e apenas moradores locais tendo acesso para mandar seu carinho, o time partiu de ônibus, seguido por uma grande escolta, rumo ao estádio.

O hotel da seleção fica em uma esquina da Rua Joinville com a Avenida 23 de maio e o quarteirão foi cercado para evitar tumultos. Assim, apenas os moradores locais tiveram acesso, com cerca de 50 pessoas ficando realmente próximas do ônibus, gritando gritos de apoio, principalmente em direção a Neymar. Outras 100 ficaram numa barreira mais distante.

A polícia não divulgou números da operação, mas oito motos acompanham o ônibus como batedores, além de outros carros, acompanhando mais de longe. Na saída, formou-se um cordão de isolamento para cercar o ônibus na entrada dos jogadores.

Júlio César liderou a entrada do time no ônibus, mas os jogadores não fizeram muitas demonstrações de emoção. Neymar passou acenando, com um comportamento protocolar.

A torcida fez o que pôde para ver os astros da melhor forma. Houve quem subisse em grades e muretas, provocando broncas dos policiais, que conseguiram evitar acidentes.

Desde cedo a movimentação foi grande no local. Um dos personagens a se destacar foi o motorista do ônibus que é encarregado de encaminhar a seleção aos seus destinos. Mas, apesar da simpatia, ele não pode dar entrevistas.

Marcos Ernesto, de 37 anos, comemorará seu próximo aniversário justamente no dia em que o Brasil fará seu segundo jogo. "Estou muito contente, mas não posso falar e tirar foto, porque sou proibido pela Fifa", limitou-se a dizer.