Klinsmann quer fazer Cristiano Ronaldo sofrer e não vê pressão em Scolari
Luis Augusto Simon
Do UOL, em São Paulo
"Estou preparando maneiras de fazer o Cristiano sofrer no jogo contra nós", disse Jurgen Klinsmann, treinador da seleção dos Estados Unidos, com muito bom humor na entrevista coletiva no Centro de Treinamento do São Paulo.
Ele se confessou impressionado com os 45 minutos do português no amistoso contra a Irlanda, mas preferiu falar pouco de Portugal. "Vamos pensar em Gana, que é o primeiro adversário".
Nada fácil, pensa Klinsmann. "Eles são sempre o primeiro ou segundo time da África, são jogadores fortes e de bom nível técnico. Acredito que as chances são de 50%". Elogiou também a Alemanha, seu país.
Se todos são bons, os EUA seriam apenas a zebra? Não é bem assim. "Não penso que somos um time a se desprezar, temos chances também".
Klinsmann foi realista ao analisar as possibilidades de seu time na competição. "Somos um país que está desenvolvendo ainda o futebol e não vamos vencer a Copa, há outros mais fortes, mas….não se esqueçam que a Grécia venceu a Eurocopa de 2008".
Klinsmann viveu uma situação, em 2006, que será repetida agora por Felipão. E ele, surpreendentemente não dá muita importância à pressão de estrear em casa em uma copa do mundo. "A Alemanha de 2006 e o Brasil de 2014 são equipes favoritas ao título. Não existe pressão apenas pela estreia e sim para ganhar o Mundial", disse, repetindo algumas vezes, com sotaque as palavras seleçao e Felipao, assim mesmo, sem o til.
O treino foi realizado com a presença de aproximadamente 700 torcedores, escolhidos pela embaixada. A alegria de incentivar e apoiar sua seleção foi precedida de duros procedimentos de segurança. Todos, inclusive crianças, foram duramente revistadas. Tiveram de tirar até os bonés.
A lista de proibição era grande, incluía até alimentação e garrafas de água.
Um dos brasileiros que trabalhava na segurança disse que recebeu uma aula de 90 minutos durante a semana para aprender como trabalhar corretamente.