EUA, Inglaterra e mais cinco seleções formam 'grupo de risco' da segurança
Vinicius Castro
Do UOL, no Rio de Janeiro
O esquema de segurança para a Copa do Mundo conta com 80 mil homens responsáveis pela garantia de tranquilidade ao torneio. O processo envolve principalmente as 32 delegações participantes. E pelo menos sete seleções estão incluídas em uma espécie de "grupo de risco" na análise da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). O braço do Governo não divulgou abertamente a lista, mas sabe-se que Estados Unidos e Inglaterra compõem a parte cuidadosa na estratégia de segurança.
Segundo os responsáveis, não é difícil imaginar as delegações que demandam maiores preocupações. Além do histórico dos países, um ranking de risco foi idealizado pelo Governo Federal e recebido pelas autoridades de cada nação envolvida. Estados Unidos e Inglaterra chamam atenção pelo número considerável de policiais em seus deslocamentos, além da presença de soldados e até caminhões do exército.
Inclusive, algumas seleções mostraram-se insatisfeitas e solicitaram inclusão no grupo acima do atribuído na expectativa de aumentar a segurança. Diretor geral adjunto da Agência Brasileira de Inteligência, Ronaldo Belham explicou a divisão no efetivo para cada delegação.
"Os Estados Unidos não são os primeiros da lista, mas estão entre os sete países. Eles possuem essa característica e são um alvo. Estão na galeria dos casos mais críticos e precisamos de bastante atenção com eles. Não podemos revelar a relação completa até por uma questão de inteligência. Vamos avaliar no decorrer da competição a necessidade de cada seleção. Isso está ligado aos deslocamentos, cidades, adversários e importância da partida", comentou.
A ação contra torcedores brigões de Inglaterra e Argentina também faz parte da estratégia traçada pela ABIN. A colaboração de policiais de outros 40 países será fundamental no decorrer da Copa do Mundo, conforme anunciou o Secretário Extraordinário para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues.
"Um dos mais importantes eixos de segurança da Copa é a cooperação internacional. Temos mais de 40 países com policiais que farão parte do centro de cooperação em Brasília e também estarão juntos com suas seleções e delegações. Eles não portarão armamentos, não possuem poder de polícia no Brasil, mas atuarão como importantes colaboradores. Há uma permanente troca de informações via Interpol, que congrega centenas de países. Existe uma lista de torcidas, como os casos de Argentina e Inglaterra, proibindo que torcedores com histórico de violência saiam dos seus países", encerrou.