Segurança da Copa tem 80 mil homens e elite do exército para emergência

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Vinicius Castro/UOL

    O General José Carlos de Nardi concedeu entrevista coletiva ao lado das autoridades de segurança

    O General José Carlos de Nardi concedeu entrevista coletiva ao lado das autoridades de segurança

Ministério da Justiça, Forças Armadas e Fifa divulgaram nesta terça-feira o esquema de segurança para a realização da Copa do Mundo no Brasil. Em uma apresentação no Forte de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, foi anunciado que o trabalho para garantir o bem-estar da população conta com 80 mil homens - sendo 20 mil profissionais particulares - e 12 "tropas de elite" do exército nas cidades-sede para casos de emergência.

O investimento superior a R$ 1 bilhão está à disposição das autoridades e ficará para utilização das cidades após a realização do Mundial. As operações começaram antes mesmo da chegada das delegações. Desde o início de 2014, o exército apreendeu 36 toneladas de maconha e 21 toneladas de explosivos nas fronteiras.

Além das Polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária e demais segmentos, uma "tropa de elite" do exército está de prontidão para os governadores de cada cidade-sede em caso de necessidade durante os jogos. Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, o General José Carlos De Nardi explicou como será a atuação do grupo especializado.

"A nossa força de contingência conta com uma média de três mil homens cada. Vamos entrar em ação para restabelecer a ordem sob o comando do general responsável. Porém, isso só vai acontecer se o governador solicitar nossa atuação à Presidência da República. Estamos absolutamente prontos", afirmou.

A questão dos protestos foi encarada com naturalidade pelo general. A autoridade assegurou que a atuação da elite do exército será apenas na região dos estádios e que a Polícia Militar tem todas as condições de cobrir possíveis manifestações durante a Copa do Mundo. Até por isso, o Governo Federal investiu R$ 70 milhões em equipamento não letal para o torneio.

"Não queremos transformar o Rio de Janeiro ou qualquer lugar do Brasil em uma praça de guerra. A Polícia Militar é muito boa e vai superar qualquer situação. As Forças Armadas estão auxiliando delegações, mas só vamos atuar realmente em caso de autorização da presidente Dilma Rousseff", completou o general.

Apesar da situação desconfortável por conta das recentes manifestações, a equipe de segurança diz acreditar no sucesso da operação. Gerente Geral de Segurança do COL (Comitê Organizador Local), Hilário Medeiros não escondeu o otimismo.

"Temos a certeza de que chegaremos ao dia da final sem qualquer incidente. O nosso planejamento foi feito desde a disputa da Copa da África do Sul para que isso aconteça. O Brasil está preparado", encerrou.

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