Chamado de traidor por avô de jogador, técnico da Itália explica cortes

Do UOL, em São Paulo

Duas ausências na lista final de 23 jogadores que virão para a Copa do Mundo pela Itália acabaram causando polêmica. O avô de Giuseppe Rossi chegou a chamar o técnico Cesare Prandelli de traidor após o neto ficar fora do torneio. O corte de Mattia Destro, que era considerado o único centro-avante do elenco, também chamou a atenção e o jogador não escondeu sua frustração ao se recusar a viajar com o time. 

De olho nas polêmicas, o treinador italiano resolveu vir a público para explicar porque não incluiu os dois no grupo que irá disputar o Mundial. No caso de Rossi, ele voltou a culpar a recente lesão no joelho direito do atacante da Fiorentina. O jogador, por outro lado, já rechaçou a justificativa, dizendo que está em forma. 
 
Prandelli aponta que já sabia que o atacante dificilmente consegueria chegar bem à competição e que manteve o atleta no elenco durante a preparação da equipe para que ele se tornasse uma inspiração para os outros pela maneira como trabalhou para se recuperar. 
 
"O risco era alto. Eu me encontrei com ele em 7 de maio com a intenção de dizer que ele não estaria na lista preliminar de 30 jogadores. Mas, então, achei que ele seria um bom exemplo para todos. Achei que sua história seria uma coisa bonita para ser contada", afirmou o técnico ao site oficial da Federação Italiana. 
 
Rossi perdeu quatro meses da última temporada se recuperando da lesão no joelho. Mesmo assim, terminou o campeonato italiano com 16 gols, entre os 10 principais artilheiros da liga. Ele ainda conseguiu participar do amistoso contra a Irlanda, no último sábado, em Londres, que terminou 0 a 0, mas acabou sendo tarde para convencer Prandelli. 
 
"Lembrem do que eu já tinha dito para a imprensa: independente do que acontecesse, Rossi já tinha vencido a sua batalha", disse o treinador. "Eu disse a ele antes do jogo contra a Irlanda que eu precisava ver algo a mais dele em campo. Eu queria ver um artilheiro. Mas não vi o que queria. Aceitei o difícil e lindo desafio dele, mas eu disse a ele duas vezes depois do jogo que ele não estaria entre os 23. Expliquei que minha decisão foi difícil, mas o risco era grande e ficou claro para mim que o processo de recuperação não estava completo", continuou. 
 
Sobre Destro, ele esclareceu que a escolha foi uma questão de estratégia da montagem do elenco e que chegou a pedir para o atleta acompanhar a seleção na viagem para o Brasil no caso de uma mudança de última hora por contusão. "Eu conversei com ele e tentei explicar que não queria levar três atacantes", escalareceu. 
 

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