Argentina perde gols incríveis, mas mesmo assim bate Trinidad

Do UOL, em São Paulo e em Buenos Aires

Messi e seus companheiros fizeram o primeiro amistoso antes da Copa pela seleção argentina nesta quarta-feira, e venceram facilmente: 3 a 0 sobre a fraca Trinidad & Tobago. Porém, um fato chamou a atenção no duelo: a quantidade de gols perdidos pelo ataque argentino.

Foram ao menos cinco chances claríssimas desperdiçadas pelo quarteto ofensivo escalado pelo técnico Alejandro Sabella - Messi, Palacio, Lavezzi e Dí Maria - e por quem chegava de trás para ajudar.

A mais impressionante foi perdida por Messi - ou quase. É que, aos 45 min. da primeira etapa, Dí Maria driblou o goleiro trinitino e tinha o gol vazio para marcar. Mas ele preferiu rolar devagar para Messi. O melhor do mundo esperou a bola no pé, mas um zagueiro rival se jogou e conseguiu afastar de carrinho. Menos mal que, no escanteio, Palacio abriu o placar de cabeça, contando com falha do goleiro, que espalmou a bola para dentro do gol.

Se Palacio marcou o 1°, ele também perdeu um gol inacreditável: a zaga de Trinidad se confundiu, tocou para trás, a bola encobriu o goleiro e bateu no travessão. No rebote, completamente livre, Palacio cabeceou para fora. Messi também esteve livre na área trinitina, e mesmo usando a perna esquerda bateu torto, longe do gol.

A zaga também deu sustos: ao menos duas vezes atacantes de Trinidad saíram cara a cara com o goleiro Romero - Campagnaro, porém, conseguiu se recuperar de carrinho em um dos lances, e no outro Trinidad perdeu a chance. Demichelis foi o outro zagueiro, e a defesa não passou confiança.

Os outros gols foram de Mascherano, em rebote de falta cobrada na trave por Messi, e por Maxi Rodríguez, em outro lance curioso: Palacio saiu de trás do meio de campo livre. O goleiro trinitino saiu da área, foi driblado, mas Palacio escorregou e só conseguiu recuperar a bola em cima da linha de fundo. Ele então rolou para Maxi, que fez.

"O mais importante era terminar sem lesões. Nós vamos enfrentar rivais assim no grupo, que jogam retrancados. Temos que seguir pegando confiança", disse Messi após o jogo.

Monumental lotado

Os argentinos lotaram o estádio Monumental de Nuñes, em Buenos Aires, para a primeira despedida da seleção. Famílias inteiras, jovens e crianças compareceram em peso em clima de Copa do Mundo. Muitos cantavam que a "copa já chegou e vai ser nossa". Nos arredores do campo do River Plate, os ambulantes fizeram a festa vendendo camisetas, cornetas, bandeiras e cachecóis.

Dentro do estádio, no entanto, a empolgação não foi assim tanta. A torcida não hasteou as famosas bandeiras gigantes nem promoveu aquela chuva de papel picado característica dos jogos argentinos. Até cantou um pouco, mas uma pequena e barulhenta torcida da seleção de Trinidad e Tobago abafou com uns instrumentos eletrônicos que ensurdeceram os torcedores.  Mesmo assim, os argentinos apoiaram a seleção e saíram do campo felizes com o resultado.

A Argentina ainda encara a Eslovênia no dia 7 antes de estrear na Copa, dia 15, contra a Bósnia e Herzegovina.

7

anos

É o tempo o qual Mascherano ficou sem marcar pela seleção argentina. Antes do gol desta quarta, ele havia marcado pela última vez em julho de 2007, em jogo contra o Peru

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