Treinador da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2006, quando a equipe sofreu exposição recorde, Carlos Alberto Parreira, agora coordenador técnico, está irritado com emissoras de TV e sites que mostram ao vivo mais do que ele gostaria dos treinamentos do time nacional.

Antes de começarem os treinos na Granja Comary, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pediu para que só fossem exibidos flashes do trabalhos da equipe de Luiz Felipe Scolari. Porém, no último sábado, Parreira ficou nervoso por considerar que houve exagero por parte de um site e de uma emissora de TV, que não tiveram seus nomes revelados publicamente pela comissão técnica da seleção.

Parreira não quer que tudo seja mostrado para não facilitar o trabalho dos adversários de marcar as jogadas da seleção brasileira.

Mas não é só isso. A comissão técnica também não gosta de ver comentaristas analisando o desempenho de jogadores. Acredita que os atletas não devem ser julgados publicamente por seus desempenhos nos treinamentos, que deveriam ser alvo apenas de análises internas.

Existe também o desejo de que os treinos não virem shows, como aconteceu em Weggis, na Suíça, onde a seleção brasileira se preparou para a Copa de 2006, na Alemanha.

Parreira foi criticado na ocasião por não conseguir evitar o oba-oba sobre o time brasileiro, que tinha seus trabalhos transmitidos na íntegra pela TV. Até hoje há por parte de alguns integrantes daquela seleção o sentimento de que a exposição exagerada, além dos treinos acompanhados in loco por milhares de pessoas, provocou o clima de festa, depois condenado pela própria imprensa.

Entre as estratégias para evitar a superexposição da seleção, Felipão passou a dar entrevistas exclusivas para as emissoras de TV, que se comprometeram a não transmitir os treinos na íntegra.