O técnico Alejandro Sabella falou à imprensa nesta terça-feira (3) pela primeira vez desde que começou a treinar a seleção da Argentina, no último dia 26 de maio e disse que está no cargo que todo argentino sempre sonhou estar. Ontem o técnico definiu os 23 jogadores que irão ao Brasil na Copa do Mundo. "Não nego que estou sob pressão, mas também estou aproveitando muito o meu cargo, que é o cargo que todo argentino sonha em estar."

Sabella, que fez mistérios desde que começou a preparação para a Copa, com treinos fechados à imprensa, disse que não há surpresa na formação de sua equipe, que não existe mistério. "Todos conhecem o meu esquema tático, ele já percorreu todo o planeta, creio que até em Júpiter sabem como a minha equipe se organiza", disse "Mas se precisar, dependendo do andar do Mundial, vou fazer mudanças sem problema algum." Para o amistoso que a Argentina realiza nesta quarta-feira contra a seleção de Trinidad e Tobago, a equipe que entra em campo é: Romero, Campanaro, Demichelis, Fernández, Rojo, Gago, Macherano, Di Maria, Messi Higuaín e Palácio.

O técnico argentino disse que espera ser recebido no Brasil com a rivalidade de sempre, que não há como mudar o que já é histórico. "Nós queremos ganhar, nós nos respeitamos muito, ambos sabemos a qualidade do futebol do outro, mas esperemos que essa rivalidade fique no esporte e não passe daí porque somos povos irmãos, dependemos uns dos outros na América Latina para vivermos melhor. Não devemos passar das brincadeiras,por mais paixão que haja."

Sobre a lista dos 23 escolhidos para a Copa ter sido entregue na última hora, Sabella disse que foi muito difícil a escolha uma vez que "o grupo é muito bom". "Fiz os cortes depois de uma análise longa porque trata-se, mais do que jogadores, de seres humanos que nutrem um sonho de irem ao Mundial representar o seu país", disse. "Não vem ao caso dizer quais os critérios que utilizei porque não seria justo nem comigo nem com os jogadores."

A imprensa argentina afirma que o corte mais difícil para Sabella foi o de Ever Banega que teria voltado a jogar na Argentina - trocou o Valencia,  da Espanha, pelo Newell´s Old Boys -, para disputar mais jogos oficiais e chegar em forma ao Mundial. "Todos os cortes me custaram, são todos bons jogadores, mas não posso levar 26."

O técnico disse que o grupo está muito bem disposto, animado e entrosado. "O mais importante é que eles são uma equipe dentro de campo e um grupo fora dele,a alimentam-se uns dos outros. Messi está muito bem, contente, animado, com muita vontade de colaborar para que tenhamos uma boa Copa."