De bike a avião, CBF se vira para agradar seus patrocinadores
Gustavo Franceschini e Paulo Passos
Do UOL, em Teresópolis (Rio de Janeiro)
A CBF tem 14 patrocinadores e receberá mais de R$ 300 milhões das empresas parceiras durante 2014. Em outros tempos, cifras tão altas significariam hordas de pessoas ligadas às companhias na concentração da seleção. Com a má imagem deixada no passado, a entidade foi obrigada a mudar. Hoje, as marcas aparecem em ações internas ou detalhes sutis do dia-a-dia da equipe de Luiz Felipe Scolari.
A lista de parceiros é enorme e variada. Quem mais investe na CBF é a Nike, que paga cerca de R$ 84 milhões para fornecer material esportivo e estampar seu logo na camisa da seleção. Itaú, Vivo e Ambev vêm na sequência, e em tempos de Copa todas as marcas querem tirar uma casquinha de Neymar e companhia.
Em 2006, a seleção foi muito criticada por ter aberto sua preparação para o Mundial da Alemanha para patrocinadores. Ampla favorita ao título da competição, a equipe de Carlos Alberto Parreira tinha treinos com vendas de ingressos e a presença de convidados das empresas parceiras da CBF.
Desde então, a presença de marcas no dia-a-dia da seleção tem sido vista com ressalvas. Em 2014, as empresas chegaram a se incomodar com o espaço na Granja Comary e o acesso que teriam aos jogadores. A solução da CBF foi criar alternativas mais sutis de expor os parceiros.