"Copa no Brasil tem condimento extra pela rivalidade", diz Maxi Rodríguez

Carolina Juliano

Do UOL, em Buenos Aires

Javier Mascherano, Fernando Gago e Maxi Rodríguez foram designados para dar a primeira coletiva de imprensa da seleção argentina desde que iniciaram o trabalho de preparação para a Copa do Mundo do Brasil. Na tenda montada especialmente para as coletivas ao lado do campo de treinamento do grupo, em Ezeiza, os três mostraram-se otimistas e motivados pela Copa ser no Brasil. "Um Mundial no Brasil pode ter um condimento extra pela rivalidade", disse Rodríguez.

Guerreiro de outros mundiais pela Argentina, Rodríguez disse ainda que a pressão é muita, mas os jogadores estão acostumados a ela. "Jogamos futebol desde pequenos, então a pressão se suporta".

Não temos obrigação de ganhar

O volante disse às várias centenas de jornalistas presentes em Ezeiza que a empolgação por jogar a Copa do Brasil não pode recair sobre os jogadores argentinos como uma pressão pelo título.  "Não temos isso na cabeça, não estamos pensando que vamos jogar um Mundial no Brasil e, por isso, temos a obrigação de ganhá-lo", disse. "Quando fomos jogar na Alemanha ou na África do Sul fomos também para ganhar. Nesse caso, se tudo sai bem, no fim talvez desfrutemos mais".

Para Rodríguez, o principal é estar tranquilo e superar a ansiedade dos primeiros treinos. "Porque uma vez que a bola comece a rodar no Mundial, tudo passa e faremos o que sabemos fazer, que é jogar a bola".

Javier Mascherano afirmou que a seleção argentina está consciente que tem de melhorar. "Somos uma equipe que por ser muito direta e ter jogadores de características muito ofensivas às vezes sofre, por isso precisamos ter equilíbrio. Da metade para frente não vamos ter problemas, o que precisamos é equilibrarmos a defesa".

Messi faz coisas sobrenaturais

Para Mascherano, o fato de já conhecer Neymar, com quem joga no Barcelona, não será uma vantagem para ele, mas ter o Lionel Messi, sim. "Porque estamos falando de um jogador que nos acostumou nos últimos cinco anos a fazer coisas sobrenaturais".

A uma pergunta sobre a possível vantagem do Brasil por jogar em casa e o questionamento sobre se a Argentina está preocupada com isso, Mascherano disse que "a prioridade da Argentina é pensar nela", e que "para que se exista a hipótese de enfrentar o Brasil, nós temos que passar anteriormente por muitas fases. Primeiro pelo grupo, depois esperar até pelo menos a semifinal ou final com Brasil. Na verdade, nem penso nisso".

Fernando Gago, meia do Boca Juniors, explicou aos jornalistas que está totalmente recuperado dos problemas físicos que o deixaram foram dos gramados no final do campeonato argentino. Hoje participou da prática de futebol como parte dos 11 que poderiam ser titulares na estreia da Argentina contra a Bósnia, no Maracanã, e se mostrou satisfeito e confiante.

"Por sorte a lesão já passou, estou bem, me sinto bem e estou treinando com normalidade. Agora tenho que chegar da melhor forma aos amistosos e ficar bem fisicamente", afirmou o meia que estreia em mundiais.

Não há grupo fácil

Para Gago, em um Mundial "todos os jogos são difíceis" e não existe isso de grupo fácil. Ele não acredita no que se diz sobre a Argentina estar em um grupo fraco com Irã, Bósnia e Nigéria. "Talvez os times do nosso grupo não tenham tradição, mas eu acho que não vai ser fácil. A Argentina tem que se superar nos três primeiros jogos, tem de melhorar jogo a jogo, não podemos pensar que vamos ganhar pelo nome, temos de ganhar pelo que fizermos no campo".

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