O presidente da federação local, Sunil Gulati, que desde 2013 também faz parte do comitê executivo da Fifa, afirmou que o país só deve voltar a mostrar interesse em sediar o torneio no caso da entidade realizar reformas mais profundas no sistema de escolha. 

 

"Não vamos nos candidatar se as regras não mudarem. Eu já disse isso recentemente. As regras de candidatura e algumas outras de procedimentos da Fifa precisam ser alteradas. Eu já falei sobre isso antes de entrar no comitê executivo e ainda acredito nisso", declarou o dirigente, segundo o site da revista Sport Illustrated. 

 

A Fifa já anunciou algumas alterações para a eleição da Copa de 2026. A principal é que, ao contrário do que acontecia antes, quando apenas os 22 membros do comitê executivo votavam, agora todos os países afiliados terão direito a voto. Mas Gulati quer mais. 

 

Entre os principais problemas identificados por ele, a falta de transparência e de relevância dada aos relatórios técnicos são itens que devem ser analisados. O evento no Qatar, por exemplo, já era apontado como um potencial problema, principalmente por causa do calor e da quantidade de obras necessárias. 

 

"Os relatórios técnicos precisam ter uma importância maior. E até onde eu saiba, os votos deveriam ser de conhecimento público. Não existe razão, e o COI já fez esta mudança, para que membros do comitê executivo ou, no próximo caso, todos os presidentes de federação, precisem visitar os países candidatos para ver se eles possuem aeroportos, isso ou aquilo. Não é normal, e presentes rotineiros precisam ter um limite financeiro", apontou. 

 

A única vez que os Estados Unidos receberam a Copa do Mundo foi em 1994. Com o crescimento do esporte no país, que hoje conta com uma liga nacional estabelicida, o interesse comercial e de patrocinadores em uma nova edição em terras americanas aumentou nos últimos anos, o que pode servir de pressão para a Fifa adotar as mudanças exigidas pelos americanos. A questão deve ser discutida no Congresso da Fifa, que será realizado na semana anterior à abertura da Copa do Mundo, em São Paulo.