Rio prepara maior plano de segurança da história para Copa: 20 mil agentes
Vinicius Konchinski
Do UOL, no Rio de Janeiro
A Copa do Mundo de 2014 terá o maior esquema de segurança já montado para um evento no Rio de Janeiro. Cerca de 20 mil agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e outros órgãos estarão mobilizados para trabalhar durante o Mundial, que começa daqui 23 dias.
O número total de agentes da operação de segurança da Copa foi divulgado nesta terça-feira pelo subsecretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, Roberto Alzir. "Será a maior operação de segurança da história da cidade. Já tivemos algo parecido na Jornada Mundial da Juventude, mas não com a visibilidade da Copa do Mundo", ressaltou ele, em apresentação realizada nesta manhã.
A apresentação reuniu representantes de todas as forças de segurança e defesa envolvidas com a Copa. Segundo as autoridades: 8.132 policiais militares trabalharão na segurança do Mundial; 5.300 membros das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica); 810 bombeiros; 800 policiais rodoviários federais; e 462 policiais civis. A PF (Polícia Federal) e a Guarda Municipal não divulgaram seus efetivos.
Toda a segurança da Copa no Rio de Janeiro será coordenada pelo delegado da PF Anderson Bichara. Bichara chefiará a Centro de Comando e Controle do Rio durante o Mundial, local em que todas as decisões sobre a operação montada para a Copa serão tomadas.
O delegado também participou da apresentação dos planos do Mundial nesta terça. Ele ratificou que todas as operações foram planejadas em conjunto com as forças de segurança. Mais de 350 protocolos de ação já foram preparados, pensando em cada possibilidade de problema que pode acontecer durante o torneio. "Houve um planejamento intensivo", disse.
Manifestações e greve
Dois desses possíveis problemas mapeados por autoridades são as manifestações e uma greve de policiais durante o torneio. Na Copa das Confederações, protestos tomaram conta das ruas do Rio e outras sedes do torneio. Nesta semana, policiais militares e civis ainda anunciaram planos de paralisação durante a Copa.
Alzir afirmou que planos de contingência para ambos os casos já foram elaborados. Eles só serão divulgados caso seja necessários colocá-los em prática. "Até para evitar mais preocupação", complementou.
O subsecretário de Segurança afirmou que não vê motivos para grandes preocupações, principalmente relacionadas a greves. "No Rio, não há um ambiente para uma greve generalizada", disse ele.
Sobre as manifestações, o delegado da PF, Alex Bersan, um dos coordenadores da segurança da Copa do Mundo no Rio, também minimizou as preocupações. "O clima é mais ameno, mas há plano de contingência."