O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, fez leves críticas ao técnico do Chelsea, José Mourinho, e demonstrou desconforto com a situação que alguns dos brasileiros vivem no elenco do time azul.

Parreira foi o convidado do programa Esporte Espetacular, da TV Globo, e foi perguntado sobre a situação do meia Oscar, que vem sendo poupado pelo técnico português no fim de temporada por uma lesão, mas que também fica de fora do time por muitas vezes em função das várias mudanças na equipe.

O coordenador da seleção afirmou que conversou com o meia em Londres, em visita da comissão técnica, e que ele esboçou uma leve insatisfação com o caso. Depois, ainda criticou o fato de Mourinho usar David Luiz como volante (na seleção ele atua como zagueiro).

"Se ele (Oscar) não tem jogado é mais problema do Mourinho do que dele. Ele gosta de jogar e se abriu um pouco com a gente e confessou essa situação, que o treinador faz muitas mudanças e mexe muito no time", falou o Parreira, que depois foi questionado sobre David Luiz.

"Colocando o David no meio campo com os zagueiros que ele tem no time? O David jogaria fácil no lugar de um dos dois (Terry e Cahill). É só tirar par ou ímpar e coloca-lo no lugar de um dos dois", prosseguiu.

Parreira ainda comentou que sente no grupo brasileiro uma sede de vitória imensa e que o desejo de triunfar em casa é muito maior do que qualquer receio dos jogadores de fraquejar na disputa do Mundial em casa.

"A vontade de conquistar é maior. Esse grupo está faminto. Todos querem ser campeões do mundo no Brasil, todos querem jogar Copa em casa e representar o Brasil. Não preciso motivar esses jogadores. Ser campeão mundial em casa é a motivação maior que qualquer time pode ter. É importante isso, ter um grupo", falou.

"Ninguém está com medo, e isso é importante. O jovem de hoje é diferente do de 30 ano atrás. O Neymar não tem experiência de Copa, mas de futebol tem muita. Foi campeão de Libertadores, Copa do Brasil, joga Champions League. Tem experiência enorme e mostrou na Copa das Confederações que não tem medo de cara feia."