Itaquerão ganha redes de proteção e recebe aval para retomar obras
Bruno Thadeu
Do UOL, em São Paulo
O Ministério do Trabalho e Emprego autorizou nesta sexta-feira o reinício da obra no setor norte da arquibancada móvel do Itaquerão. O local havia sido interditado no dia 30 de março, um dia após a morte do funcionário Fábio Hamilton Cruz, que caiu de uma altura de 7 metros do setor sul do estádio.
A liberação do Ministério do Trabalho foi dada após o órgão constatar que a Fast Engenharia (empresa terceirizada que executa os serviços na arquibancada móvel) adotou as medidas de seguranças estabelecidas. Uma das principais exigências era a colocação de redes de proteção no local.
Com esse aval, o Itaquerão volta a ter toda sua área liberada para serviços. Dias antes, o setor sul teve seus serviços reiniciados.
"Fizeram todas as medidas de proteção coletiva, incluindo seis redes de proteção com 7,15 m cada e que suportam até 900 kg. Foram colocados mais seis andaimes. Foram cumpridas as exigências, e as obras voltam assim a serem liberadas", Luiz Antônio Medeiros, superintendente do Ministério do Trabalho de São Paulo.
Inicialmente, a Fast havia apresentado proposta de colocação de um suporte de segurança móvel em vez das redes. Mas o Ministério do Trabalho não aceitou, fato que levou tempo. maior para instalação.
As outras providências que a Fast seguiu foi a instalação de guarda-corpos, grades que já constavam do projeto original do setor. A pasta também pediu, por exemplo, a instalação de cabos longitudinais e um incremento na quantidade de cabos transversais.
A colocação de arquibancadas móveis na arena corintiana ocorre para a disputa da Copa do Mundo. Após o Mundial, esse setor será retirado.
Medeiros disse que o Ministério entende que a Ambev, responsável pela arquibancada móvel, e que a Fast Engenharia, empresa contratada para construir essas arquibancadas, serão responsabilizadas pelo acidente que no qual morreu o operário Fabiano Dias, há cerca de 15 dias. Mas não quis se adiantar que tipo implicância isso pode ter.
Em contato com a reportagem, a Fast informou que irá reunir seus representantes nesta sexta-feira à para definir um posicionamento sobre a declaração do Ministério do Trabalho.