Empresa promete reforçar segurança para reiniciar obras no Itaquerão

Bruno Thadeu

Do UOL, em São Paulo

A Fast Engenharia, empresa terceirizada que executa obras nas arquibancadas do Itaquerão, se comprometeu a atender as exigências feitas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e aguarda o aval para o reinício das obras no estádio. As obras foram paralisadas após a morte do operário Fabio Hamilton da Cruz, no último sábado.

A superintendência fará uma vistoria às 14h desta quinta, junto com representantes da Fast, para analisar a segurança do local. O estádio ainda não tem previsão de liberação; caso os requisitos sejam cumpridos, as obras poderão ser reiniciadas na próxima semana.

São quatro procedimentos exigidos pelo MT, que serão bancados pela empresa: as instalações de um guarda-corpo – uma estrutura que protege o operário de um possível desequilíbrio –, cabos de aço longitudinais e redes de proteção e a presença de um técnico de segurança em cada andar das obras.

Como as redes ainda não foram instaladas, as obras ainda não poderão ser retomadas após a vistoria de hoje à tarde. Os representantes da Fast, no entanto, devem detalhar ao MT a maneira com que elas estarão dispostas.

"Concluímos de maneira positiva a reunião com a empresa, que se comprometeu a atender as normas de segurança solicitadas. Faremos uma nova avaliação às 14h e, caso essas solicitações sejam realmente atendidas, acredito que na próxima semana o trabalho no estádio deverá ser reiniciado", explicou Luiz Antônio Medeiros, superintendente do MT.

A Fast Engenharia, responsável pelas arquibancadas provisórias que darão 20 mil lugares a mais ao estádio na abertura, está impedida de operar nas alas Norte e Sul do Itaquerão.

A morte de Fabio Hamilton da Cruz aconteceu na manhã de sábado. O operário caiu de uma plataforma a cerca de sete metros de altura. Ele foi levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu algumas horas depois. 

Cruz era funcionário da WDS Construções, empresa contratada pela Fast para trabalhar na obra do estádio. No dia do acidente ele havia concluído um curso sobre segurança no trabalho e uso de talabartes.

O advogado da Fast, David Rechulski, alega que a empresa havia adotado os procedimentos de segurança, como estabelecido por lei.

"Não houve falha. A Fast já havia cumprido as normas exigidas e agora vai incrementar os pedidos do Ministério do Trabalho para melhorar ainda mais a segurança".

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