EUA apostam em ciência e rodagem no Caribe para vencer calor na Copa

Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

Considerados adversários pelos times que jogarão nas sedes do Norte - Manaus -, e Nordeste - Natal, Fortaleza, Recife e Salvador -, o calor e a umidade durante os jogos da Copa do Mundo são temas prioritários na delegação da seleção dos Estados Unidos. Os americanos montaram um comitê com especialistas em fisiologia e preparação física para definir os métodos que serão usados pela equipe no Mundial no Brasil.

"Temperatura e umidade são tópicos importantíssimos que estão sendo levados em conta na nossa preparação. Nós temos que estar aptos para competir nessas cidades. Estamos consultando especialistas e orientando pesquisas. Usaremos a ciência à nosso favor", afirmou Masa Sakihana, preparador físico da seleção americana.

Os Estados Unidos jogarão na primeira fase do torneio em Natal, Manaus e Recife. O clima da capital do Amazonas é o que mais preocupa. A preparação dos americanos ainda não foi confirmada, mas é certo que eles passarão por um período de aclimatação em Miami antes da vinda para o Brasil. O CT do São Paulo será a base da equipe no país.

"A Flórida é o local nos Estados Unidos com o clima mais próximo do que enfrentaremos aqui. A ideia é passarmos uma semana lá antes de vir", conta Sakihana.

Durante a estada para treinamentos em São Paulo, que vai até o dia 24 de janeiro, funcionários da federação norte-americana têm evitado críticas aos locais e horários das partidas na Copa no Brasil. Posição diferente da Inglaterra, que também irá jogar em Manaus, e criticou o clima da sede. Roy Hodgson, treinador do English Team, disse que a cidade "não é o lugar ideal para jogar futebol". Antes do sorteio, o inglês afirmou que a meta era escapar de Manaus, o que não aconteceu.

Já o técnico dos Estados Unidos, Jurgen Klinsmann, minimizou o impacto que o calor pode ter no desempenho do time no Mundial.

"Não temos medo, vai ser um desafio, mas estaremos bem preparados. Além disso, é uma dificuldade que os dois times terão que enfrentar. Estamos acostumados a jogar na América Central em condições semelhantes", afirmou o treinador.

A experiência em jogos no Caribe é apontada como vantagem pela comissão técnica da seleção americana. Em 2013, a equipe jogou na Jamaica, no Panamá e em Honduras, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Venceu duas partidas e perdeu uma para os hondurenhos.  

"Os jogadores sabem os efeitos do clima úmido, nós sabemos. Isso ajuda, sim, mas a Copa é bem diferente, mais complicado. Vamos usar as pesquisas, tentar ao máximo remediar os efeitos", diz Sakihana.

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