Ajudar a escolher o melhor suco, recomendar pratos típicos e, claro, auxiliar nas traduções são tarefas obrigatórias do meia Benny Feilhaber desde a última segunda-feira. Nascido no Rio de Janeiro, o jogador de 28 anos é um dos 26 convocados da seleção americana que está treinando em São Paulo.

Benny disputou a última Copa do Mundo pelos Estados Unidos e tenta conquistar um lugar no time de Jurgen Klinsmann que virá ao Brasil em junho. Antes disso, mostra-se útil como guia para os colegas de seleção.

"Está sendo legal voltar. Há dois anos não vinha para o Brasil. A primeira coisa que os jogadores me perguntam é sobre a comida, o que devem escolher, experimentar. Já recomendei suco de maracujá e requeijão", diz o meia, que ainda mantém o sotaque carioca.

Neto de um judeu austríaco que chegou ao Brasil fugindo dos nazistas na II Guerra Mundial, Benny nasceu em 1985 no Rio de Janeiro. Seis anos depois, deixou o país com a família para viver nos Estados Unidos.

Antes de chegar à seleção americana, ele defendeu as cores do Brasil. Foi num Pan Americano Maccabiah, jogos judaicos, quando ele disputou a competição de futsal. Depois, porém, optou pelos Estados Unidos, onde se profissionalizou e defende a seleção principal desde 2007.

"Já joguei contra o Brasil quatro vezes. A mais importante, com certeza, foi a final da Copa das Confederações em 2009. É sempre uma emoção muito grande", afirma. "É legal poder falar português com os jogadores brasileiros. Nem sempre de forma positiva, às vezes,  discutindo, né?", completa, rindo.

Benny não é nome certo na Copa de 2014. Com Klinsmann perdeu espaço no time e deixou de ser convocado nos jogos das eliminatórias do Mundial em 2013.

"Ele está há muito tempo no time dos Estados Unidos. Às vezes sai, às vezes entra. Benny tem talento, mas sempre digo que ele precisa ser mais consistente e regular", afirmou o treinador.