Felipão, Galvão e Murtosa brincam e se provocam em debate sobre a seleção

Renan Rodrigues

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Patrick Rocha/Fagga

    Flávio Murtosa, Carlos Alberto Parreira, Galvão Bueno e Felipão (da dir. à esq.) durante debate no Footecon

    Flávio Murtosa, Carlos Alberto Parreira, Galvão Bueno e Felipão (da dir. à esq.) durante debate no Footecon

Principal palestra da 10ª edição do Footecon – fórum internacional de futebol -, realizada no Rio de Janeiro, o debate sobre a programação da seleção brasileira na Copa de 2014 teve uma série de brincadeiras entre os seus participantes. Inspirados, o técnico Felipão, o auxiliar técnico Flávio Murtosa, o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira e o narrador Galvão Bueno trocaram provocações e provocaram risos na plateia.

Quieto durante os primeiros 30 minutos da palestra que durou 1h20, Murtosa se soltou e começou a sequência de 'gracinhas' quando os presentes contavam o número de participações de Parreira em Copas do Mundo pelo Brasil – cinco. O auxiliar de Felipão brincou. "Não quer dizer que ele está muito velho, né Galvão?". A provocação em tom de brincadeira foi rebatida pelo coordenador.

"Eu sou um intrometido aqui no meio desse casal. São 30 anos juntos e aí um dia você chega e tem um cara dormindo no sofá da sua casa. Eles têm uma química, é uma coisa incrível", disse Parreira sobre a dupla Felipão/Murtosa, inseparável desde 1983, quando trabalharam no Brasil de Pelotas.

Murtosa se empolgou com as perguntas de Galvão e até 'entregou' Felipão e Parreira. Após um palavrão proferido pelo coordenador técnico, conhecido por ser cordial e refinado, o auxiliar protestou, brincando."Calma, Parreira, essa não é sua linha de conduta. Está ficando ruim isso aqui".

Depois, dedurou o lado 'cabeça-dura' do técnico da seleção. "Quando ele [Felipão] quer, tu pode falar o que quiser e não adianta (risos). Mentira, ele já até mudou de ideia. Mas se dá errado, meu amigo... a 'casa cai'".

Já Galvão foi o 'mediador' da mesa e mostrou intimidade com os comandantes da seleção, falando ao pé do ouvido com Parreira, anotando dados e instigando as brincadeiras. Por outro lado, também tentou arrancar revelações e histórias de bastidores. Após uma introdução de Felipão sobre a escolha dos adversários em 2013, o jornalista discursou como se fizesse parte da comissão técnica da CBF.

"Nós temos a lista dos adversários aqui. Jogamos duas vezes contra a Inglaterra, jogamos também contra a França, sem contar os confrontos pela Copa das Confederações. Acho que o saldo foi extremamente positivo, sabe? Estávamos fazendo a lista dos times lá dentro", declarou Galvão.

O técnico Felipão, que falou pela maior parte do tempo, brincou com os 'palpites' de Galvão durante as transmissões dos jogos da seleção e arrancou risadas da plateia. O narrador não deixou barato e pediu até a convocação de um jogador.

"Ah, e eu sei que tu apita bastante, como apita", disse Felipão, que ouviu como respostas de Galvão: "Mas quem eu queria tu não convocou, que é o Kaká. Olha o Kaká", disse o narrador.

Galvão porém, não deixou de questionar Felipão, tentando reforçar o papel de representante da imprensa. Questionou se a escolha de Teresópolis para a preparação era correta por conta da temperatura na região serrana, as condições físicas do atacante Fred, do Fluminense, e a extrema confiança demonstrada pelo treinador sobre a possibilidade de conquistar o título.

Por fim, empolgado com a 'grandiosidade do debate', repetindo que nunca na história o planejamento de uma seleção havia sido revelado para a imprensa – a palestra teve transmissão do canal Sportv -, Galvão confirmou presença na edição de 2014 do Footecon. "Tomara que falando do título".

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