Rivais históricos do Brasil, Argentina e França se deram bem em sorteio

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

Na volta da Copa do Mundo ao Brasil após 64 anos, pelo menos no sorteio dos grupos, realizado nesta sexta na Costa do Sauípe, quem teve motivos para comemoram foram dois maiores rivais da seleção brasileira. A Argentina, vizinha que forma com o Brasil uma das maiores rivalidades da história do futebol, e a França, carrasca de 1986, 1998 e 2006.

Os argentinos caíram em um grupo com a estreante Bósnia, a Nigéria e o Irã. Apesar de não ser um grupo propriamente muito fraco – a Bósnia fez ótima campanha nas eliminatórias, e a Nigéria é a atual campeã africana – são seleções de pouca tradição em Copa, e que dificilmente devem dificultar a classificação da Argentina de Messi, Higuaín e Aguëro.

Em seis jogos contra a Nigéria, a Argentina, em sua história, venceu quatro, e perdeu apenas um. Em copas, a última vitória veio em 2010, por 1 a 0.  Contra o Irã, apenas um jogo na história, terminado em empate. A Bósnia é estreante em mundiais, mas já tem no currículo duas derrotas em dois jogos diante da seleção portenha.

Já a França, comandada pelos craques Franck Ribery, do Bayern, e Karim Benzema, do Real Madrid, enfrentará a Suíça, o Equador e Honduras. A França não saiu do 0 a 0 com a Suíça na Copa de 2006, parando na defesa que seria a melhor da primeira fase. O confronto histórico é equilibrado: são 36 confrontos, com 15 vitórias francesas e 12 suíças.

Mesmo que fique atrás de Suíça, a equipe dos Bleus terá de ter uma atuação desastrosa para cair na primeira fase. A violenta seleção hondurenha não tem qualidade para superar um adversário repleto de estrelas que jogam em times de ponta da Europa. O Equador, que enfrentou a França apenas uma vez na história (derrota por 2 a 0), tem tudo para somar ao currículo uma segunda derrota.

Os "intrusos" entre os cabeças chave Bélgica e Colômbia também tem boa chance de ultrapassar a primeira fase. Os colombianos tem uma das melhores gerações de sua história, com os ícones Falcão Garcia e James Rodrigues, do Monaco, Guarin, da Internazionale, e outros nomes, e enfrentarão Japão, Costa do Marfim e Grécia, seleções que não costumam ir longe em mundiais. A Bélgica também só deve ter dificuldades diante da Rússia.

Quem certamente teve o pior resultado imaginável na escolha dos grupos foi a Costa Rica, que disputará uma vaga com Uruguai, Itália e Inglaterra. É um grupo difícil para todos os envolvidos, mas praticamente impossível para os costarriquenhos. Diante das três potências, que somam sete títulos mundiais, a seleção da América Central soma sete derrotas e nenhuma vitória.

A atual campeã Espanha também não deve ter vida fácil. Terá pela frente a uma Holanda mordida, que buscará vingar a derrota na final da Copa de 2010, na África do Sul. O duelo entre as duas seleções é equilibrado: são dez partidas, com cinco vitórias da Fúria, quatro da Holanda e um empate. O grupo é completado pelo Chile, que costuma passar da primeira fase em copas, e a Austrália, limitada mas forte fisicamente. São duas equipes que podem surpreender.  

 

A cerimônia de sorteio dos grupos da Copa do Mundo foi comandada pelo casal de atores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert e contou com a participação de ex-jogadores como o francês Zidane, o uruguaio Ghiggia, o italiano Cannavaro, o inglês Hurst, o alemão Matthaus, o argentino Kempes e o espanhol Hierro.

O evento ainda teve as apresentações dos artistas brasileiros Alcione, Emicida, Vanessa da Matta, Alexandre Pires e Olodum como atrações musicais e realizou homenagens ao falecido líder sul-africano Nelson Mandela, que morreu na última quinta-feira aos 95 anos.

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