Blatter diz que sorteio "tem que ser espetacular" ao justificar gastos

Do UOL, na Costa do Sauípe*

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, não teve trégua e foi questionado nesta terça-feira sobre os gastos excessivos para a produção da festa do sorteio da Copa do Mundo, que ocorre na próxima sexta, e custará cerca de R$ 26 milhões.

O cartola foi indagado pelo alto valor e justificou ao dizer que com o passar dos anos e aumento de popularidade do esporte ao redor do mundo, a apresentação do Mundial precisa ser um evento requintado.

"O sorteio faz parte da Copa desde os tempos de Jules Rimet. Mas na primeira vez era fácil o sorteio, não lembro quantas sleçoes tinham. Quando comecei a trabalhar na Fifa, o sorteio era simples e fácil, com 16 seleções. E (naquela época) a Copa do Mundo não tinha aquele entusiasmo", justificou Blatter.

"O sorteio final é a última oportunidade de mostrar ao mundo o show final do que virá pela frente em seis meses, mas queremos mostrar o que o mundo que dizer. O sorteio tem que ser espetacular."

O custo total do sorteio da próxima sexta-feira, na Costa do Sauípe, será de R$ 26,5 milhões. Desse montante, o governo estadual da Bahia arcará com R$ 6,5 milhões entre estruturas provisórias como as tendas de cobertura, segurança e operação. Enquanto isso, a Fifa custeará R$ 20 milhões em produção para televisão, contratação de artistas para o show e montagem de estrutura para a imprensa. 

A estimativa da Fifa e do COL é de que o sorteio seja assistido por 500 milhões de pessoas pelo mundo. Segundo eles, isso traria um retorno de exposição de mídia bem superior ao investimento feito pelo governo.  

Antes, Blatter havia sido questionado sobre os horários dos jogos na Copa do Mundo e forte calor, já que algumas partidas serão realizadas às 13h da tarde. O dirigente descartou a ideia de alterar este horário e criticou as perguntas de que se a Fifa tinha noção do calor brasileiro.

"A pergunta tem um tomde ironia, porque o senhor não sabe como é o clima, se é quente ou não. Quando disputamos a Copa do México jogamos muitas partidas às 12h no México e havia o fator altitude e acho que hoje em dia os jogadores estão acostumados a jogar em condições que nem sempre são as melhores. E a Copa do Mundo também envolve o calendário. Temos que encaixar três partidas por dia, a vida é assim, a vida do futebol é assim. Claro que nem todo mundo vai ficar satisfeito, mas há um ditado que diz que ninguém vai ficar satisfeito com tudo."

* Reportagem de Bruno Freitas, Fernando Duarte, José Ricardo Leite, Ricardo Perrone e Rodrigo Mattos

 

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos