Fundo árabe diz que acidente no Itaquerão não interfere em naming rights
Pedro Lopes
Do UOL, em São Paulo
Lamentado por todos no Corinthians, o acidente no Itaquerão que resultou na morte de dois operários aconteceu em um momento delicado: o ex-presidente do clube, Andrés Sanchez, preparava-se para viajar a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, para negociar com um fundo de investimentos os naming rights do estádio. A tragédia, entretanto, não deve prejudicar a negociação.
Em contato com o UOL Esporte, o Fundo Parador Capital, que por meio do seu diretor Amine Bouchentouf negocia diretamente com o Corinthians e as companhias aéreas Etihad e Emirates, lamentou profundamente a tragédia ocorrida no estádio e ofereceu suas "condolências às vítimas e suas famílias neste momento difícil". O fundo também avisou que "do lado árabe, este trágico incidente não irá interferir com as negociações em curso".
Ao contrário do que foi divulgado anteriormente, o Fundo Parador Capital não é parte do Abu Dhabi Investment Authority, fundo soberano dos Emirados Árabes. Trata-se de um fundo privado, sediado em Abu Dhabi, com escritórios em Florianópolis e São Paulo e que já realiza investimentos no Brasil, representado no país por Bouchentouf.
O Corinthians pleiteia o valor de R$ 400 milhões por um período de 20 anos pelos naming rights do Itaquerão. Até o momento, não há uma posição oficial sobre o impacto do acidente na estrutura da arena, que foi escolhida para sediar a Copa do Mundo de 2014.
ITAQUERÃO TINHA INAUGURAÇÃO PREVISTA PARA JANEIRO
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Com um custo estimado de R$ 1 bilhão, o Itaquerão tinha previsão de entrega para dezembro e inauguração para janeiro. O estádio estava com 94% das obras concluídas. O Itaquerão será sede da partida de abertura da Copa do Mundo. O Brasil fará o jogo inicial do torneio, contra adversário não definido. Para ser a abertura do torneio, o Itaquerão teve que aumentar a sua capacidade para 69.160 lugares apenas para a Copa do Mundo.
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