Seleção convive com estrelas, sofre assédio e passeia em semana em Miami

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Miami (EUA)

  • Rafael Ribeiro / CBF

    Jogadores posam para foto com David Beckham, uma das estrelas com quem a seleção conviveu

    Jogadores posam para foto com David Beckham, uma das estrelas com quem a seleção conviveu

A seleção brasileira encerra, nesta segunda, uma semana agitada em Miami, com direito convívio com celebridades, muito assédio do público local e até uma visita à NBA. Depois de sete dias na cidade americana, a delegação verde-amarela fará seu último treino e embarcará rumo a Toronto, no Canadá, onde enfrenta o Chile, nesta terça, às 23h (horário de Brasília).

Além do sonoro 5 a 0 aplicado em Honduras no último sábado, o Brasil levará na bagagem a comprovação de seu novo status. Patinho feio até um ano atrás, a seleção cresceu de produção sob o comando de Luiz Felipe Scolari e foi tratada com mimos em Miami, onde atraiu olhares e recebeu atenção digna de um time favorito para a conquista da Copa.

Logo em seu segundo dia na cidade, a seleção ganhou uma folga da comissão técnica para aproveitar os destaques de Miami. Em um camarote oferecido pelo próprio Miami Heat, o Brasil assistiu à vitória de Lebron James e companhia sobre o Milwaukee Bucks, em um jogo válido pela NBA.

Neymar, principal estrela da companhia verde-amarela, quase conheceu pessoalmente o "rei" do basquete americano por intermédio da Nike, sua patrocinador. Um problema de logística atrapalhou os planos, mas o camisa 10 não deixará Miami de mãos abanando.

Na mesma terça-feira, pouco antes do jogo do Heat, David Beckham visitou a concentração da seleção. O inglês, que está negociando para lançar um time de futebol na cidade, ajudou a lançar luz sobre a seleção, que foi paparicada em todos os momentos. O jogo contra Honduras, por exemplo, levou mais de 71 mil pessoas ao estádio Sunlife, estabelecendo um novo recorde para a história do local em partidas de futebol.

Os treinos realizados na FIU (Universidade Internacional da Flórida) também foram concorridos, com dezenas de torcedores se aglomerando em volta do campo para tentar ver uma parte do treino ou ganhar um autógrafo dos jogadores. Em três oportunidades, fãs mais ousados chegaram a invadir o gramado, e em um deles irritou Neymar.

Nada que tirasse o sono da seleção, que passou dias concentrada, mas sem a clausura de outros tempos. Todos os dias, após o jantar, os jogadores foram autorizados a descerem até o lobby do hotel para encontrarem amigos, familiares, empresários e assessores de imprensa.
Funcionários do empresário Giuliano Bertolucci, por exemplo, chegaram a reunir quase todos os seus clientes em uma reunião na última quarta – ele detém nove jogadores da atual convocação.

E não foram só os conhecidos que conviveram com a seleção no hotel onde ela estava hospedada. Durante dois dias, o Brasil dividiu espaço com o Dallas Mavericks, que fincou posto no mesmo local ao preparar-se para um jogo contra o Miami Heat. Além deles, o lutador de MMA Antonio "Pezão" Silva também passou pela concentração para tietar Hulk, seu conterrâneo paraibano, que registrou o momento em sua rede social.

O resultado de todos esses eventos, ao que tudo indica, foi positivo. Questionado por alguns dos vários jornalistas americanos que acompanharam a rotina da seleção, Neymar e Luiz Felipe Scolari fizeram loas a Miami sempre que puderam.

"Achei espetacular. Tinha vindo só uma vez. Achei a cidade linda demais, com atrações. Ficamos contentes antes do jogo, com as manifestações das duas torcidas, a forma como o jogo foi comemorado. É bom participar desse tipo de partida", disse o treinador.

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