Felipão e técnico rival relevam perseguição a Neymar: "É futebol"

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Miami (EUA)

Neymar reclamou da perseguição que sofreu no amistoso diante de Honduras e comparou o jogo a uma luta de UFC. Quem estava do lado de fora do campo, porém, não concordou. Em suas entrevistas, os técnicos das duas seleções relevaram a violência e consideraram as sequências de falta como algo do jogo.

"Me pareceu uma partida que sequer foi muito violenta. Não é muito diferente do que normalmente ocorre. O que acontece é que se maximiza muito quando se trata de um jogador com tanto nome, como esse jogador que você citou", disse Luis Fernando Suarez, técnico de Honduras, ao repórter que perguntou especificamente a respeito de Neymar.

"O Neymar tem a característica especial do drible, de partir para cima. Em todos [os jogos], ele é quem sofre mais faltas. Não vejo o que falar sobre faltas, sobre o Neymar, uma disputa mais acirrada. É um jogo de futebol, sempre tem disputa um pouco mais forte", disse Luiz Felipe Scolari.

Nas contas do técnico da seleção brasileira, Neymar recebeu oito das 17 faltas cometidas por Honduras. Além disso, ele foi o responsável pelos três cartões amarelos recebidos pelos rivais. Após o jogo, ele "comemorou" o apito final. "Consegui sair vivo", escreveu o jogador em seu Instagram.

Durante a partida, Neymar reagiu com provocações à perseguição que ele sofreu. Os chapéus e os dribles incomodaram os hondurenhos, mas foram compreendidos por Felipão.

"Faz parte do jogo. Muitas vezes você não precisa ir em direção ao gol, outras vezes faz com que o adversário pressione de forma tal e cometa erros. Talvez cave ali uma expulsão. Ele não faz isso com intuito de debochar, faz porque está sendo caçado. Tem uma hora que qualquer atleta no mundo fica de saco cheio", disse o treinador. 

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