Reta final do Brasileiro vira variável para "quebra-cabeça" de Felipão

Fernando Duarte

Do UOL, em Pequim (China)

A longa viagem de 33 horas da China para o Brasil já deve marcar o início do trabalho de Luiz Felipe Scolari para a próxima convocação da seleção brasileira. Com amistosos marcados para 16 e 19 de novembro nos EUA e no Canadá, e com o Campeonato Brasileiro se aproximando de uma reta final, sobretudo para os clubes buscando vaga na Libertadores, o técnico precisará de tempo para imaginar soluções para o que ele mesmo define como um quebra-cabeça.

Nos dois últimos amistosos de 2013, Felipão chegará o mais perto possível das peças que ainda podem ser encaixadas. Embora afirme que tenha pelo menos 70% do grupo para a Copa do Mundo definido, o técnico ainda tem algumas dúvidas expressivas na montagem da equipe. A principal delas, como o próprio Felipão faz questão de evidenciar, é ausência de um terceiro centroavante.

Alexandre Pato, chamado para os últimos quatro amistosos, pode ter perdido sua oportunidade depois de decepcionar no jogo de terça-feira contra Zâmbia. Fred, o principal centroavante da segunda Era Felipão, vive mais baixos que altos depois de se tornar o principal goleador do time no primeiro semestre– ele ficou fora das últimas quatro partidas por lesões, o que ressaltou a importância de mais opções para a posição 9.

Embora Jô seja o substituto imediato, Felipão destacou em Pequim a necessidade de um terceiro nome, mas no momento o Brasil carece de centroavantes de impacto. E uma das raras exceções é Diego Costa, que depois de sumir das listas de convocados, decidiu disponibilizar seus serviços à Espanha. O treinador brasileiro afirma que não vai abrir mão do direito de convocar o atacante do Atlético de Madri, legalmente ainda atrelado ao Brasil, mas corre o risco de deflagrar conflitos com o jogador e com os espanhóis.

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Na lateral-direita, embora Daniel Alves e Maicon sejam os mais cotados para irem à Copa, o fato de ambos terem se lesionado recentemente pode levar Felipão a observar um terceiro jogador numa posição para a qual anteriormente ele deslocara um meia (Jean, do Fluminense) como cobertura. Em alta no Bayern de Munique de Pep Guardiola e com passagens pela seleção nos tempos de Dunga, Rafinha tem chances de convocação.

No meio de campo, se há uma abundância de volantes de clubes de grandes ligas europeias, falta um reserva para Oscar, por maior que seja a versatilidade de Paulinho. Willian, companheiro de Oscar no Chelsea, surge como opção para testes. "Em princípio, um ou dois jogadores que não vieram para estes jogos (Coreia do Sul e Zâmbia) deverão ser convocados para os amistoso de novembro", disse Felipão

Especular sobre nomes de jogadores baseados na Europa é compreensível diante da afirmação de Felipão sobre uma aproximação consensual a jogadores atuando no Brasil. "Vai depender muito do andamento do Campeonato Brasileiro. Conversarei com os técnicos para ver quem pode ou não ceder jogadores, ser um ou dois. Pode ser que convoque um ou outro que ainda nem imaginei", disse o treinador.

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