O presidente da CBF, José Maria Marin, defendeu nesta sexta-feira a reeleição infinita de dirigentes esportivos. No entanto, ratificou que não será candidato a um novo mandato na entidade que comanda o futebol nacional.

Marin participou de um debate com atletas no Fórum Nacional do Esporte, evento organizado pelo Lide (Grupo de Líderes do Esporte). Ele foi questionado pelo zagueiro Paulo André, do Corinthians, sobre a MP 615, proposta em que um dos itens é a limitação de reeleição para as pessoas que comandam entidades esportivas beneficiadas por recursos públicos.

"A CBF não recebe recursos públicos, e por isso não se encaixa nesse grupo. Ainda assim, presidente, você é favorável à reeleição das pessoas que comandam entidades?", perguntou o jogador alvinegro.

"Eu não vou responder fazendo julgamento de qualquer dirigente. O que eu posso dizer é que o que é bom deve continuar. Entre o que é bom e uma tentativa, melhor não assumir o risco", respondeu Marin.

O atual presidente da CBF assumiu o comando da entidade nacional no ano passado, após Ricardo Teixeira ter pedido afastamento da instituição. O mandato dele vai até abril de 2014.

"Eu não serei candidato. Não tenho pretensão alguma de seguir. Mas a situação vai ter um candidato na eleição, e eu vou lutar com ele o quanto puder. Acredito que estamos fazendo uma boa gestão, e as coisas boas devem ser prolongadas", afirmou o atual presidente.

O curioso é que o tema reeleição foi o único assunto em que Marin foi enfático nesta sexta-feira. Em todas as outras respostas, o presidente da CBF adotou evasivas e tergiversou.