Horário da final escolhido pela Fifa desagrada TVs do Brasil e da Espanha

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Julio César Guimarães/UOL

    Jogadores da Itália e da Espanha, como Piqué, sentiram o calor na semifinal em Fortaleza

    Jogadores da Itália e da Espanha, como Piqué, sentiram o calor na semifinal em Fortaleza

Ruim no Brasil, péssimo na Espanha, o horário escolhido pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) para a final da Copa das Confederações, às 19h de domingo, terá um impacto muito negativo sobre a audiência global da partida. 

Na Espanha, será meia-noite quando o holandês Bjorn Kuipers der o apito inicial. Na Ásia será madrugada ou início da manhã de segunda-feira. Mesmo no Brasil, a escolha está longe de ser a ideal – o horário tradicional de futebol dominical no país é às 16h. 

O UOL Esporte conversou com representantes de quatro emissoras e com a CBF. Todos demonstraram indignação ou perplexidade em relação ao horário da final.

Há consenso de que se tivesse sido marcada para as 16h (21h na Espanha e em boa parte da Europa), a partida atrairia muito mais audiência.

A Fifa não explicou a razão da escolha. Questionada pelo UOL Esporte, não respondeu. Uma hipótese é que tenha optado pelas 19h em função do horário determinado para a decisão do terceiro lugar, entre Itália e Uruguai, às 13h, em Salvador. Imaginando a possibilidade de prorrogação e disputa de pênaltis, o jogo pode se estender até as 16h. E a entidade não marca partidas sem que haja um intervalo de tempo entre elas.
 
Não menos polêmica foi a escolha do horário desta partida. O técnico Cesare Prandelli já reclamou: "Temos um dia a menos (de preparação) em relação ao Uruguai. Talvez a fórmula dessa competição precise ser revista, pelo calor, para dar mais tempo às equipes".
 
Desde a Copa de 1994, a Fifa não marcava partidas disputadas em cidades com altas temperaturas em horário tão inconveniente. A final da competição, entre Brasil e Itália, em Los Angeles, começou ao meio-dia, provocando reclamações gerais.
 
Na Copa de 2014, no Brasil, quase um terço dos jogos, ou 24 deles, estão marcados para as 13h, horário mais quente em diversas das sedes dos jogos no nordeste ou norte. 
 
Questionado a respeito, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, não demonstrou qualquer preocupação: "Grandes jogadores atuam em qualquer condição. Já jogaram ao meio-dia no México com sol alto. A qualidade do jogo não será afetada", disse. "Em um campeonato com 64 jogos, terá de jogar alguns jogos às 13 horas. É a vida."

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