Geração histórica da Espanha foi derrotada duas vezes pelo Brasil em mundiais juvenis

Bruno Freitas

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Hussein Malla/AP

    Daniel Alves (1º à esquerda) comemora título sub-20 sobre a Espanha com companheiros da seleção

    Daniel Alves (1º à esquerda) comemora título sub-20 sobre a Espanha com companheiros da seleção

Com quatro finais em cinco anos e três títulos de ponta, a geração mais vitoriosa da história do futebol espanhol ainda não teve a chance de desafiar o Brasil e toda a sua reputação futebolística, em encontro que finalmente acontecerá na decisão da Copa das Confederações. Mas a decantada safra de craques da Fúria traz ao confronto de domingo no Maracanã um histórico de insucessos contra os rivais nas categorias de formação.

Os espanhóis perderam duas finais de torneios Fifa para o Brasil em 2003, contando com integrantes da atual equipe que disputa a Copa das Confederações.

Em agosto daquele ano, o técnico Marcos Paquetá levou a seleção sub-17 do Brasil ao título mundial, em decisão contra a Espanha. Os brasileiros venceram por 1 a 0, com gol de Leonardo. O time ainda contava com o volante Arouca, hoje no Santos, no nome que mais se deu bem a partir dali.

Dois espanhóis integrantes da seleção da Copa das Confederações 2013 estavam nesta final do Sub-17 há dez anos. Cesc Fàbregas e David Silva foram titulares na derrota para o Brasil em Helsinque, na Finlândia.

No mesmo ano, mas em dezembro, Marcos Paquetá assumiu a seleção sub-20 do país de última hora e voltou a se sagrar campeão mundial. No desfecho do torneio nos Emirados Árabes, vitória sobre um dos nomes mais badalados do futebol atual. Andrés Iniesta já despontava como grande nome de sua geração e foi titular da Espanha na derrota por 1 a 0.

A seleção vitoriosa de 2003 contava com Daniel Alves no time titular, além do goleiro Jefferson, outro integrante da equipe que hoje briga pelo título da Copa das Confederações. O elenco ainda tinha nomes como Dagoberto, Nilmar, Kleber Gladiador e Daniel Carvalho. Fernandinho fez o gol do título em Abu Dhabi.

No Rio de Janeiro, os três integrantes derrotados pelo Brasil nos mundiais juvenis buscam seu acerto de contas pessoal, que também vale para referendar de vez a equipe na história. Com dois campeonatos europeus e um mundial recentes, resta à coleção espanhola apenas a Copa das Confederações, em uma final emblemática com os maiores vencedores de torneios Fifa, dentro de seu templo mais querido, o Maracanã.

"É algo inesquecível para essa geração chegar em mais uma final", declarou o goleiro Iker Casillas após a vitória sobre a Itália na semifinal, em Fortaleza.  

OUTRA VITÓRIA BRASILEIRA, NA DÉCADA DE 80

Em 1985, o Brasil ganhou o Mundial Sub-20 pela segunda vez em sua história, na antiga União Soviética, com vitória sobre a Espanha na decisão por 1 a 0. O time dirigido por Gilson Nunes contava com nomes que viriam a se destacar pela seleção principal anos mais tarde, como o goleiro Taffarel e o atacante Muller.

 

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